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Gestão da água feita pela Coden é destaque em seminário internacional

15/03/2019 Por pepe

A experiência bem-sucedida de Nova Odessa no armazenamento, tratamento e na distribuição de água, reconhecida como uma das melhores da RMC (Região Metropolitana de Campinas), foi um dos destaques do Seminário Internacional da Água, realizado nesta semana, em Piracicaba. O evento, organizado pelo Movimento Cidades Inteligentes com apoio do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), reuniu agentes públicos, ambientalistas e empresários, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância do uso inteligente da água, além de permitir o compartilhamento de técnicas e formas sustentáveis de produção no país e no mundo.
 
Diretor-presidente da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), o engenheiro civil Ricardo Ongaro representou o município no primeiro dia do seminário, na última quinta-feira (14). Ongaro foi um dos debatedores do segundo painel temático da conferência, que discutiu a importância do reaproveitamento hídrico no abastecimento das cidades. Participaram da discussão sobre o tema o pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Luiz Carlos Hermes, e o diretor de Saneamento Rural da Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), Helder Cortez.
 
Durante sua exposição o presidente da Coden apresentou dados sobre o sistema de abastecimento de Nova Odessa, que é feito com excelência por meio da captação de água em dois conjuntos de represas (sistemas Recanto e Lopes) e enfatizou a importância da reservação de água na segurança hídrica dos municípios. “A saída para a crise hídrica no Brasil e no mundo é armazenar a água da chuva. Oitenta por cento da água das represas não vêm das nascentes, e sim das precipitações. Em Nova Odessa, temos conseguido dar segurança à população com reservação e investimentos na otimização do sistema de distribuição de água”, afirmou Ongaro. O diretor da Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa citou o exemplo de Valência, cidade espanhola que aproveita 90% da água de chuva.
 
Outra experiência novaodessense compartilhada no seminário foi a água de reuso. Desde 2015, a Coden estuda a utilização da água proveniente do tratamento de esgoto por indústrias instaladas no município. “A água de reuso é muito importante para a indústria, que não precisa de água potável para o processo de produção. Nós vemos com bons olhos o reuso da água nos parques industriais”, disse o presidente.
 
Realizado em dois dias – 14 e 15 de março -, no Engenho Central, o Seminário Internacional da Água contou com a participação do superintendente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Wanderley Paganini, além de profissionais do Brasil e de países como México e Chile, com experiência e compromisso com a preservação e o uso racional da água. O evento ainda teve palestra magna de Hachmi Kennou, diretor-executivo do Instituto Mediterrâneo da Água (IME) e governador do Conselho Mundial da Água.
 
Além do painel temático sobre reaproveitamento hídrico, que apresentou o modelo de gestão hídrica adotado pela Coden, o seminário internacional de Piracicaba debateu escassez hídrica, saneamento inteligente, o perfil do novo profissional de saneamento, a relação entre a regulação da água e o meio ambiente, além da regionalização como saída para o tratamento e a destinação dos resíduos.
 
QUALIDADE RECONHECIDA. Em dezembro do ano passado, pesquisa realizada pelo Instituto Indsat (Indicadores de Satisfação dos Serviços Públicos) colocou Nova Odessa como única cidade entre as 15 maiores da RMC (Região Metropolitana de Campinas) com grau de excelência em qualidade da água distribuída à população. O serviço prestado pela Coden alcançou 805 pontos e ficou no topo do ranking regional. Em fevereiro, outro levantamento divulgado pelo instituto apontou o serviço de abastecimento de água prestado pela Coden como o segundo melhor da RMC. 
 
INVESTIMENTOS. Nos últimos seis anos, a companhia investiu R$ 50,1 milhões na melhoria e ampliação dos sistemas de água e esgoto. Desse total, R$ 32,97 milhões foram aplicados em abastecimento, melhorando a qualidade e ampliando a disponibilidade da água tratada entregue à população. Com os investimentos, o índice de perdas (água que se perde na rede, entre os reservatórios e a casa dos consumidores) caiu de 45,1% em 2012 para 26% em 2018.

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