Responsável pelos serviços de água e esgoto no município, a Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa) participou na terça-feira (14) do “I Fórum de Melhores Práticas em Gestão de Saneamento”, realizado na sede da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ), em Americana. Foram citadas melhorias no setor e ganhos ao meio ambiente.

O diretor-presidente da Coden, Ricardo Ongaro, que está há 13 anos na sociedade de economia mista, foi um dos palestrantes do evento, que contou ainda com a presença de representantes das empresas responsáveis pelos serviços de saneamento básico de Americana (DAE), Limeira (BRK Ambiental), Indaiatuba (SAAE) e Rio Claro (DAAE).

“Nos últimos anos foram realizados investimentos de mais de R$ 30 milhões, com obras que ampliaram e melhoraram os serviços de água tratada e esgotamento sanitário”, destaca o diretor-presidente da Coden. “Na parte do esgoto, por exemplo, desde 2015 tratamos 100% dos efluentes domésticos coletados e devolvemos ao Ribeirão Quilombo na forma de uma água limpa e sem poluentes”, ressalta Ongaro.

O dirigente da Coden cita a importância de aportes financeiros obtidos durante o período, para a realização das obras necessárias. “Nossa capacidade de investimento próprio é pequena, então contamos com o apoio da Agência das Bacias PCJ e dos Comitês PCJ, responsáveis por financiar grande parte dos recursos empenhados para tornar Nova Odessa uma referência no saneamento regional”, cita.

O município tem se alternado na 1ª e 2ª colocações nos rankings de ‘Abastecimento de Água’ e ‘Qualidade da Água’, respectivamente, entre as 15 maiores cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). É o que mostram pesquisas do Indsat (Indicadores de Satisfação dos Serviços Públicos). “Obtemos inclusive ‘Grau de Excelência’ nos serviços”, acrescenta Ongaro.

Uma das ações mais importantes nos últimos anos foi o desassoreamento feito pela Prefeitura e a Coden em três das cinco represas na época da histórica escassez hídrica, entre 2014 e 2015, fazendo com que a capacidade total de armazenamento de água bruta aumentasse em aproximadamente 10%, passando de 2,2 milhões de metros cúbicos (2,2 bilhões de litros) para 2,417 milhões de m³ (2,4 bilhões de litros).

O município tem realizado também nos últimos anos ações de recuperação e preservação de nascentes, assim como plantios e o aumento da cobertura vegetal no entorno dos mananciais, o que aumenta a recarga do lençol freático. Outros fatores são as constantes trocas de redes, o controle de pressões e a setorização, que reduziram as perdas de água tratada na rede, de 43% em 2012, para atuais 29%.