Previamente orçada em R$ 4.104.636,49 (valor que deve cair através da licitação), a obra, uma das maiores do Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada, é realizada em parceria com os Comitês PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), através de dois convênios.

Ela consiste na substituição de 12.266 metros de redes de cimento amianto ao longo das ruas dos quatro bairros, que serão trocados por tubos de PEAD (Polietileno de Alta Densidade), além das ligações (ramais) dos 1.175 imóveis beneficiados. A população beneficiada é de aproximadamente 7 mil pessoas. O novo material, sintético, é menos sujeito a vazamentos e tem durabilidade de 100 anos.

“É a maior obra do Plano de Perdas. Com este edital, mais o edital para a substituição de 12.000 hidrômetros com 5 ou mais anos de uso (que deve ser publicado em breve), praticamente garantimos a execução completa da lista de obras previstas em 2009. Com mais esta troca, praticamente eliminamos o cimento amianto da nossa rede de distribuição, que possui mais de 230 quilômetros, o que beneficia nossa população e deixa Nova Odessa em situação privilegiada”, comentou Ongaro.

Assim como as trocas das redes do Centro e dos jardins Santa Rosa e Bela Vista, esta obra também será realizada pelo método não-destrutivo subterrâneo do “rompimento dinâmico pelo mesmo caminhamento da rede existente”. Este método reduz em até 95% o impacto da obra para motoristas, pedestres e moradores, pois não exige as abertura de trincheiras contínuas no asfalto.
A empresa vencedora deve ser conhecida em 1º de outubro. A partir da assinatura do contrato, o prazo de conclusão estimado é de 12 meses.

No caso dos jardins Flórida, Fadel e da Vila Azenha, localidades vizinhas, serão trocados 7.160 metros de tubos de cimento amianto por PEAD, além de 604 ramais de ligações domésticas. No caso do Jardim São Manoel, serão trocados 5.106 metros de tubos de cimento amianto também por PEAD, além de 571 ligações domésticas.

A maior parte dos recursos, o equivalente a R$ 3,4 milhões, está sendo repassada pelos Comitês PCJ graças a um projeto apresentado pela Coden e aprovados pela equipe técnica do órgão regional. O restante, uma contrapartida de 17%, será investida pela própria Coden.

O Plano de Perdas

Graças aos R$ 18,7 milhões que a Coden e seus parceiros estão investindo nas obras do Plano de Perdas entre 2009 e 2013, as perdas físicas (vazamentos) e não físicas de água tratada já caíram de 57%, em 2004 para 43% atualmente. As perdas não físicas, ou “financeiras”, que representam metade deste percentual, correspondem à água efetivamente entregue ao consumidor, mas não registrada pelos hidrômetros antigos.

Até o final do cronograma de obras, o objetivo da direção e da equipe técnica da Companhia é reduzir estas perdas em mais 10% a 15%, ficando próximas aos 30% (índice verificado em países desenvolvidos). Isto representará, a médio e longo prazo, a economia diária de mais 1,5 milhão a 2 milhões de litros, aumentando a longevidade da capacidade atual do sistema.

“Nova Odessa vai ficar numa posição invejável quanto à sua rede de água. Nem imaginávamos, em 2009, que conseguiríamos fazer ou garantir a execução de todas estas obras até meados de 2012”, comemorou o presidente da Coden, Ricardo Ongaro.