Entre outros investimentos, a empresa municipal de Saneamento completou em 2011 a reforma e modernização da ETA (Estação de Tratamento de Água) do Jardim Bela Vista, que desde 2006 teve sua capacidade elevada de 150 para 250 litros de água tratada por segundo mesmo sem a construção de novos tanques. Na etapa mais recente, foram modernizados os Tanques Decantadores de número 3 e 4, além dos Filtros 1 a 4 e seus respectivos registros. A Coden investiu quase R$ 800 mil na obra.

Combate às Perdas

Também foi em 2011, por exemplo, que a Coden deu início à maior obra pública de sua história: a troca da rede de distribuição de água da região central da cidade. Trata-se de uma das mais importantes previstas no Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada, lançado em 2009.

A obra vai trocar, até meados do ano que vem, 11.800 metros de tubos de ferro fundido das quadras centrais de Nova Odessa por tubos de polietileno de alta densidade (PEAD), que têm 100 anos de garantia e que dificilmente apresentam vazamentos. A Coden investe R$ 3.527.804,31 na obra, beneficiados 1.000 imóveis.

Ainda dentro do cronograma de melhorias previstas pelo Diretor de Combate às Perdas, a Coden realizou a instalação de macromedidores eletrônicos de vazão no início das 7 adutoras de água tratada que saem da ETA para os bairros. A obra recebeu investimento de R$ 146,9 mil.

Com monitoramento à distância através de rádio (telemetria), os equipamentos vão permitir às equipes da ETA saberem exatamente quanta água está sendo enviada a cada momento para as diversas regiões da cidade, detectando rapidamente qualquer rompimento de adutora ou vazamento na própria ETA.

(Lançado em fevereiro de 2009, o Plano Diretor de Combate às Perdas prevê uma série de obras e melhorias para diminuir em 10% a 15% as perdas totais de água tratada, que hoje estão na casa dos 43%. Isto representará, a médio e longo prazo, a economia diária de 1.500.000 a 2.000.000 de litros de água tratada. Assim, o tratamento diário médio deve diminuir de 14 milhões para 12 milhões de litros, aumentando a “longevidade” da capacidade do atual sistema da Coden.)

Plano de Saneamento, frota e outras obras

Ongaro lembrou ainda que continua em andamento a elaboração de outro estudo de grande abrangência que vai direcionar investimentos futuros. Trata-se do Plano Municipal de Saneamento Básico, com investimento de R$ 144,4 mil. O Plano é previsto pela Lei Federal nº 11.445/2007 e abrange as áreas de abastecimento de água, rede de coleta, afastamento e tratamento de esgoto, drenagem de águas pluviais e coleta e destinação final de resíduos sólidos.

A modernização constante das frotas, com a aquisição de veículos mais econômicos, que demandam menos manutenções e poluem menos o Meio Ambiente, é uma preocupação constante da Coden, que investiu R$ 210 mil em 2011 na aquisição de uma nova retroescavadeira Case modelo 580M. Também em 2011, foram adquiridos três veículos leves (Gol, Voyage e Kombi), com investimento de R$ 113.700,00.

Também ficou pronto, em 2011, o novo sistema de georreferenciamento da Coden, também conhecido como “mapa digital” – um programa de computador instalado no servidor da Companhia que reúne todo tipo de informações técnicas sobre as redes e os cadastros dos imóveis consumidores. O sistema gera imediatamente qualquer tipo de relatório ou informação com precisão milimétrica, mostrados sobre um mapa completo da cidade. O investimento foi de R$ 144 mil.

Por fim, em dezembro, a Coden realizou – com máquinas, equipes e materiais próprios – a alteração no sistema de abastecimento de água tratada de nove bairros residenciais e industriais da cidade, beneficiando diretamente, com o aumento de pressão na rede, 3.500 habitantes e dezenas de empresas, em locais como os jardins o Europa, Planalto, Berzin e Eneides.

Em 2012, mais Combate às Perdas

Para 2012, a Coden prevê realizar mais obras do Plano de Combate às Perdas, através de projetos técnicos de solicitação de recursos externos e seus respectivos convênios, muitos deles viabilizados ao longo de 2011.

Neste sentido, já está em fase de licitação, por exemplo, a setorização de toda a rede de abastecimento da cidade, que tem investimento previsto de R$ 2 milhões. A obra prevê também a instalação de novos trechos de adutoras e conjuntos motobombas, entre outras melhorias, além da instalação de dezenas de registros nas redes de água.

Também já está em fase de licitação a troca da rede de distribuição de água tratada dos jardins Santa Rosa e Bela Vista, também composta por tubos de ferro fundido. Assim como no Centro, os tubos antigos e altamente sujeitos a vazamentos serão substituídos por tubos de Polietileno de Alta Densidade, material sintético mais durável, com menos riscos de vazamentos e 100 anos de garantia.

A obra também será feita pelo método não-destrutivo do por Rompimento Dinâmico (sem a abertura de valas contínuas no asfalto), que diminui em 95% o impacto para moradores, pedestres e motoristas. O investimento previsto é de até R$ 4.420.964,45 (valor que pode cair com a licitação). Serão substituídos mais 11.640 metros de redes, beneficiando 1.100 imóveis destes dois bairros.

Também já está assinado o convênio para a troca de 12.355 hidrômetros, com investimento previsto de até R$ 1.235.840,49. Através desta obra, todo equipamento com mais de 5 anos de uso será substituído, sem custos para os consumidores – o que levará à consequente padronização dos hidrômetros de toda a cidade.

(Boa parte dos recursos aplicados pela Coden nas obras cima é fruto de parcerias com órgãos como os Comitês PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), oriundos principalmente da Cobrança pelo Uso das Águas dos rios estaduais e/ou federais, via Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos). Geralmente, tais repasses ocorrem a fundo perdido e contam com contrapartida em recursos da própria Coden.)

ETA mais moderna

Para 2012, também está prevista a adoção de mais uma importante melhoria técnica na ETA (Estação de Tratamento de Água) do Bela Vista. Já está em fase de licitação para implantação a substituição do gás cloro pelo dióxido de cloro, o ClO2. Dependendo do resultado da licitação, estima-se um custo em torno de R$ 870 mil nos primeiros 12 meses de adoção da nova tecnologia de tratamento – uma das que estão substituindo o gás cloro, gradativamente, em países desenvolvidos.

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