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Combate às Perdas: Coden de NO assina contrato de R$ 1,2 mi para troca de 12,3 mil hidrômetros

17/11/2011 Por pepe

O diretor presidente da Coden (Companhia de Desenvolvimento) da Prefeitura de Nova Odessa, engenheiro Ricardo Ongaro, assinou nesta quinta-feira, 17 de novembro, em Campinas, o contrato de R$ 1.235.840,49 para a realização da obra de troca de 12.355 hidrômetros dos imóveis da cidade. Todo equipamento com mais de 5 anos de uso será substituído, sem custos para os consumidores – o que levará à consequente padronização dos hidrômetros de toda a cidade.

Trata-se de uma das mais importantes obras previstas no Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada. Os atuais medidores dos consumidores poderão ser substituídos por hidrômetros volumétricos classe “C”, de maior precisão e capacidade de registrar mesmo os menores consumos. Estima-se que até 25% da água distribuída diariamente pela Coden não seja corretamente registrada pelos hidrômetros dos imóveis.

Do total previsto para ser investido, R$ 988.672,39 foram obtidos neste ano pela Coden junto aos Comitês PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), e são oriundos da Cobrança pelo Uso das Águas dos rios estaduais, via Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos). O repasse é a fundo perdido. O restante do investimento, previamente estimado em R$ 247.168,10, será pago pela Coden, a título de contrapartida.

Participaram da assinatura a diretora técnica da Agência de Bacias PCJ, Adriana Vahteric Isenburg, e a coordenadora de projetos do órgão regional, Elaine Franco de Campos.

“É uma ação de suma importância para o futuro do nosso sistema de águia. A Coden vai passar a aferir com mais precisão a água que fornece ao consumidor e poderá controlar melhor seu índice de perdas.”, afirmou Ongaro.

Como a obra já foi aprovada e liberada pelo agente técnico do contrato (que neste caso é a Cetesb), a próxima etapa do convênio deve ser a publicação, pela Coden, do edital da licitação para escolha da empresa que vai realizar o serviço. O objeto da licitação vai incluir o fornecimento dos medidores de vazão, a adequação dos cavaletes, uma pesquisa de vazamentos e o mapeamento das pressões dinâmicas das redes dos bairros.

O processo de licitação deve levar alguns meses. Assim, se tudo correr bem, a obra deve ter início ainda no primeiro semestre de 2012. A troca dos equipamentos em si deve durar até 12 meses. É esperado que o valor total da obra caia através da concorrência entre empresas proporcionada pela licitação.

Perdas não físicas

A troca dos hidrômetros com mais de cinco anos de uso visa combater as chamadas “perdas não físicas”, ou seja, água efetivamente tratada e distribuída aos imóveis consumidores, mas que não é faturada porque seu consumo não ficou registrado nos medidores residenciais. Serão substituídos os equipamentos antigos presentes tanto nos imóveis residenciais quando nos comerciais e industriais, inclusive em órgãos públicos.

Segundo o chefe de Projetos e Contratos da Companhia, Eric Anthony Padela, a troca dos hidrômetros é essencial para corrigir a sub-medição do consumo.

“Os equipamentos mais antigos, com o tempo de uso, deixam de medir de acordo com suas especificações técnicas originais, ou seja, não registram toda a água efetivamente entregue pela Coden àquele imóvel. Com isso, a Coden deixa de receber pelo real consumo, o que prejudica futuros investimentos da companhia. Os hidrômetros são compostos por engrenagens e, como qualquer equipamento mecânico do tipo, precisa de substituições periódicas”, afirmou Padela.

Anualmente, os Comitês PCJ distribuem, através de um processo de análise de projetos, os recursos oriundos das cobranças pelo uso das águas dos rios federais e estaduais que cortam a região, bem como aqueles oriundos do Fehidro. São beneficiadas prefeituras, órgãos e empresas públicas de Saneamento, para aplicação em obras que resultem em melhorias para a população.

O Plano

Lançado em fevereiro de 2009, o Plano Diretor de Combate às Perdas prevê uma série de obras e melhorias para diminuir em 10% a 15% as perdas totais de água tratada, que hoje estão na casa dos 43%. Isto representará, a médio e longo prazo, a economia diária de 1.500.000 a 2.000.000 de litros de água tratada. Assim, o tratamento diário médio deve diminuir de 14 milhões para 12 milhões de litros, aumentando a “longevidade” da capacidade do atual sistema da Coden.

Está em fase final, por exemplo, a reforma e modernização dos tanques decantadores da ETA (Estação de Tratamento de Água), que também já ganhou um moderno sistema eletrônico de controle dos níveis dos reservatórios por telemetria (à distância). Termina nas próximas semanas a instalação de sete macromedidores da vazão da ETA para os bairros, que vai ampliar esse sistema.

Atualmente, também está sendo realizada a substituição dos 11.800 metros da rede de distribuição de água da região central, composta por tubos de ferro, por material sintético PEAD, com 100 anos de garantia e menos sujeito a vazamentos. Em breve, será feita a troca das redes dos jardins Santa Rosa e Bela Vista, bem como a setorização de toda a rede em 22 regiões, que vai levar a telemetria a todo o sistema de distribuição de água tratada da cidade, permitindo a detecção de vazamentos em tempo real.


 

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