Serão mais R$ 5.656.804,94 para aplicação em obras previstas no Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada da cidade, dos quais R$ 4.525.443,95 virão através de repasse a fundo perdido. O restante deverá ser aplicado pela Companhia, a título de contrapartida de 20% nas obras.

Anualmente, os Comitês PCJ distribuem os recursos oriundos das cobranças pelo uso das águas dos rios que cortam a região, bem como aqueles oriundos do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), a prefeituras, órgãos e empresas públicas de Saneamento, para aplicação em obras que resultem em melhorias para a população.

Após a hierarquização, divulgada semana passada pela Câmara Técnica de Planejamento dos Comitês, falta apenas a aprovação final do repasse pela plenária do órgão colegiado regional, que deve acontecer em reunião ordinária marcada para esta quinta-feira, 31 de março, na Faculdade Uniesp, em Hortolândia.

“Aprovados pela plenária, o próprio órgão já vai encaminhar os projetos e a documentação para os agentes financeiros (bancos) com os quais serão assinados os contratos, para análise e posterior autorização para licitação. Normalmente, os contratos de cada exercício (ano) estão sendo assinados entre julho e agosto, e os beneficiados são autorizados a abrir licitação lá para outubro ou novembro”, explicou o chefe de Projetos e Contratos da Companhia, Eric Anthony Padela.

As duas obras da Coden que serão financiadas estão no “grupo 2” da lista publicada semana passada, ou seja, entre as obras que dizem respeito às questões de abastecimento de água – inclusive de controle de perdas, caso de Nova Odessa. Ao todo, 30 pedidos, de várias cidades, foram selecionados e hierarquizados, somando R$ 30,3 milhões.

Segundo o diretor-presidente da Coden, engenheiro Ricardo Ongaro, se não constassem do Plano de Combate às Perdas, os Comitês PCJ não aceitariam os pedidos.

Obra 1: substituição de hidrômetros

A primeira obra contemplada é a substituição (e conseqüente padronização) de 12.335 hidrômetros dos imóveis urbanos da cidade, incluindo o fornecimento dos respectivos medidores de vazão, a adequação dos cavaletes, uma pesquisa de vazamentos e o mapeamento das pressões dinâmicas das redes dos bairros.

Os atuais medidores dos consumidores poderão ser substituídos por hidrômetros volumétricos classe “C”, de maior precisão e capacidade de registrar mesmo os menores consumos. A obra está orçada em R$ 1,23 milhão, dos quais R$ 988 mil virão dos Comitês PCJ.

Estima-se que quase um quarto da água tratada distribuída diariamente pela Coden não seja corretamente registrada pelos hidrômetros dos imóveis.

Obra 2: substituição das redes do Santa Rosa e Bela Vista

A segunda obra é a troca das redes de distribuição de água tratada dos jardins Santa Rosa e Bela Vista, que somam 11.640 metros.

Ao contrário da rede do Centro (que é de ferro fundido e também será trocada em breve com recursos da Cobrança da Água Federal), as redes destes dois bairros, com algo em torno de 40 anos de uso, são de cimento amianto, que apesar de não representar riscos à saúde, têm alto índice de vazamentos.

Assim como a rede do Centro, estas redes serão substituídas por tubos de polietileno de alta densidade, um material plástico mais durável e que apresenta menos riscos de vazamentos. A obra está orçada em R$ 4,42 milhões, dos quais R$ 3,53 milhões virão dos fundos geridos pelos Comitês PCJ.

? Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada de Nova Odessa

Melhorias já realizadas
? Instalação de uma estação geodésica homologada pelo IBGE
? Criação do Mapa Digital Georeferenciado da cidade
? Reforma e modernização de dois dos 4 decantadores da ETA (Estação de Tratamento de Água)
? Implantação do sistema de controle dos reservatórios por telemetria
? Retomada do geofonamento da rede de distribuição

Medidas a realizar
? Substituição da rede de distribuição da região central (ainda com tubos de ferro)
? Substituição da rede de distribuição dos jardins Santa Rosa e Bela Vista (ainda com tubos de cimento amianto)
? Setorização da rede em 22 regiões, com adoção de telemetria de todo o sistema de distribuição de água tratada
? Monitoramento da pressão em vários pontos através da instalação de macromedidores de vazão (em obras)
? Criação de uma equipe fixa de pesquisa e conserto de vazamentos
? Troca em mais 12.300 hidrômetros com mais de 5 anos de uso