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Atlas da Água da ANA: Coden afasta qualquer risco de desabastecimento a partir de 2015, como equivocadamente alegado

25/03/2011 Por pepe

A Coden (Companhia de Desenvolvimento) de Nova Odessa esclareceu publicamente nesta sexta-feira, 25 de março, que já há uma série de programas e obras em andamento que visam exatamente economizar ou ampliar o volume de água à disposição da população. Assim, a Companhia afastou qualquer risco de faltar água na cidade a partir de 2015, como chegou a ser apontado pelo Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água.

Segundo a direção e a equipe técnica da Companhia, os dados do estudo, divulgado esta semana pela ANA (Agência Nacional de Águas), não são novos, pois já foram divulgados em dezembro de 2009 pela ANA.

Tanto que uma das suas principais conclusões, a de que a cidade vai precisar captar água bruta em um novo manancial (o do Córrego Santo Ângelo, no pós-Anhanguera), já foi viabilizada pela Coden há alguns anos.

Trata-se da construção da ECA (Estação de Captação de Água) Santo Ângelo, situada nas Chácaras Recreio Represa e construída pelo prefeito Manoel Samartin em seu segundo mandato, no início dos anos 90. Neste caso, a água bruta é transposta de uma bacia para outra, pois ela é bombeada para as represas do Córrego Lopes, de onde é captada.

“O Município já possui outorga e Estação de Captação na bacia do Rio Atibaia. Trata-se da ECA Santo Ângelo, que foi reformada e testada recentemente e está apta a ser utilizada caso seja necessário, como aconteceu em 2009 pela primeira vez”, explicou Ongaro.

A outra principal sugestão, a ampliação do sistema de represas do Córrego Recanto, também está sendo viabilizada. O Município já tem até projetos e licenças ambientais para as obras, e busca os recursos para fazer as duas novas barragens.

“Na verdade, o Atlas pode até nos ajudar a obter os recursos para as novas obras, pois dá subsídio oficial aos nossos pedidos junto ao próprio Governo Federal e também aos órgãos estaduais”, concluiu Ongaro.

Medidas já em andamento

Outras ações também estão sendo viabilizadas, que vão muito além da proposta da ANA.
“A Prefeitura, através da Coden, já tem em andamento diversas ações que visam, direta ou indiretamente, ampliar a capacidade de armazenamento de água bruta e/ou economizar a água existente”, explicou o diretor-presidente da empresa de economia mista municipal, o engenheiro Ricardo Ongaro.

Entre as medidas citadas pela ANA e outras, estão:
? As obras do Plano Diretor de Combate às Perdas (quanto menos água é perdida, menos água precisa ser reservada, captada, tratada e distribuída);
? O desassoreamento periódico das represas existentes;
? A recuperação e reativação da captação na bacia do Rio Atibaia (a ECA da represa Santo Ângelo, no Pós-Anhanguera), já realizada;
? A opção de obter outorga para captar na bacia do Rio Jaguari;
? A opção de captação em mais uma bacia local, no Córrego Palmital, para a qual já obtivemos recursos para projetos via PAC 2;
? E os projetos e licenças ambientais para a construção de duas novas represas na bacia Recanto, para as quais a Prefeitura e a Coden já buscam recursos externos.

Novas represas no Recanto

Ongaro lembrou que a cidade não obteve os recursos solicitados ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2 para a construção das duas novas barragens no Córrego Recanto. “Mas estamos insistindo junto aos órgãos federais e estaduais. Nesta semana mesmo o pedido foi feito pelo prefeito à Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos”, destacou o engenheiro.

Menos perdas = mais água disponível

O presidente da Coden deu especial destaque a uma medida simples adotada por Nova Odessa, mas aparentemente ignorada pela Agência: a diminuição dos percentuais de perdas de água tratada que ocorrem em todos os municípios.

Com a implantação das melhorias previstas no atual Plano de Perdas, e ao ritmo atual de crescimento da cidade, as represas existentes podem atender plenamente a cidade por até mais 20 anos, segundo Ongaro.

Estas perdas já caíram em Nova Odessa de 56,4%, em 2004, para 43% atualmente, permitindo uma economia de mais de 777,5 mil m3 de água bruta por ano. O objetivo, a médio prazo, é chegar aos 35%, índice considerado muito bom (a média nacional é de 52%).

“Temos em pleno andamento a implantação das obras previstas no Plano de Combate às Perdas, que pode reduzir em até 20% a necessidade de captação e tratamento diário atual (que é de 15 milhões de litros). Isto também vai nos dar fôlego para vários anos”, justificou.

Entre as obras do Plano estão a troca de redes antigas e a modernização do sistema de medição de consumo (inclusive hidrômetros).

Atualmente, em torno de 21,5% da água tratada pela Coden perde-se durante a distribuição (o equivalente a 3.225 metros cúbicos por dia). Outros 21,5% são perdas de faturamento, ou seja, água que a Coden deixa de faturar, principalmente devido aos hidrômetros mais antigos, mas que efetivamente chegou às caixas d’água dos imóveis.

“Planejando para um horizonte maior do que 20 anos, com certeza a cidade vai necessitar buscar novos mananciais de água para capitação, como os rios Jaguari (considerando uma melhora da qualidade da água no trecho que compreende o Município) ou Atibaia, por exemplo”, disse.

Represa na bacia do Córrego Palmital

Um dos pedidos da Prefeitura aprovados pelo PAC 2 prevê o envio de R$ 550 mil para a realização de estudos técnicos, relatórios ambientais e projetos executivos para a captação para abastecimento público e contenção de cheias da bacia do Córrego Palmital. O convênio deve ser assinado pelo prefeito Manoel Samartin a qualquer momento.

As obras fazem parte da 1ª fase do PAC 2, voltada para Macrodrenagem, Abastecimento de Água e outras áreas. Os recursos virão do Orçamento Geral da União, ou seja, a fundo perdido, sem a necessidade de contrapartida por parte da Prefeitura. De posse dos projetos, Prefeitura e Coden passam então a buscar os recursos para a construção da nova barragem e sistema de captação.

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