A partir destes contratos, serão feitas a troca de 14 quilômetros de rede de água da área central de Nova Odessa, e a implantação da setorização, macromedição e telemetria de todo o sistema de abastecimento da cidade, que será dividido em 22 setores.

A expectativa da Coden é diminuir em 10% a 15% as perdas totais de água tratada, que hoje estão na casa dos 43%. Isto representará a economia de 1.500.000 a 2.000.000 de litros de água captada, tratada e distribuída por dia. “Nosso tratamento diário médio deve diminuir de 14 milhões para 12 milhões de litros”, comemorou o presidente da Companhia de Desenvolvimento.

A liberação dos recursos para a empresa de economia mista responsável pelos serviços de Água e Esgoto de Nova Odessa foi aprovada em março pelo Comitê PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). Serão R$ 4.754.247,00 em recursos externos, oriundos da cobrança pelo uso da água dos rios estaduais e federais que cortam a Bacia PCJ, mais a contrapartida de R$ 1.188.562,00 em recursos do caixa da própria Companhia.

Serão investidos R$ 3.583.146,00 na troca da rede de água da área central de Nova Odessa e R$ 2.359.663,00 na setorização, macromedição e telemetria do sistema de abastecimento. Segundo Ongaro, os recursos externos são “a fundo perdido”, ou seja, sem necessidade de pagamento.

O próximo passo, segundo a direção da Companhia, é a abertura das licitações. “Estamos finalizando os aspectos técnicos dos projetos com a Caixa e esperamos publicar os editais dentro de 90 dias”, acrescentou o engenheiro.

Nova rede para o Centro

Ongaro lembrou que a tubulação de água do Centro da cidade ainda é a original, de ferro fundido, com décadas de uso, com incrustações e entupimentos e, consequentemente, necessidade de manutenções constantes.

A nova rede será instalada pelo método não destrutivo, ou seja, sem a abertura de valas, para não atrapalhar o trânsito. Serão usados tubos de PEAD (polietileno de alta densidade), o material mais indicado para controle de perdas atualmente porque apresenta baixo índice de vazamentos.

“Ao substituirmos a rede de distribuição de água do Centro, que é de ferro fundido e tem mais de 50 anos de uso, encontrando-se em situação bastante precária e com mais vazamentos que uma peneira, vamos diminuir bastante as perdas na área por vazamento”, afirmou Ongaro.

Setorização

Segundo o diretor presidente da Coden, a setorização da cidade é a divisão da rede de distribuição em 22 setores, cada um com seu medidor (hidrômetro) e sua telemetria (sensores remotos), incluindo a instalação de válvulas redutoras de pressão onde elas são necessárias, ou seja, nas adutoras dos bairros em que a pressão é muito forte atualmente, o que também causa vazamentos.

“Vamos saber exatamente quanta água tratada está sendo enviada para cada região. Comparando-se a macromedição do setor com o consumo total dos imóveis da área (obtido através da soma dos hidrômetros individuais), saberemos exatamente qual setor possui um vazamento. Ai, basta levarmos a equipe de geofonamento (caça a vazamentos) aonde ela é necessária, localizamos os vazamentos e fazer os consertos”, explicou o engenheiro.