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Em operação de guerra, Coden salva adufa da Represa Lopes 2 e preserva reserva de água bruta

16/02/2010 Por pepe

Uma operação de guerra envolvendo, a cada turno, ao menos 8 colaboradores, foi montada ao longo da semana passada pela Coden (Companhia de Desenvolvimento) de Nova Odessa, empresa de economia mista responsável pelos serviços de Saneamento Básico da cidade, para salvar a adufa da Represa Lopes 2, principal manancial do Sistema Lopes e responsável por 50% do abastecimento de água tratada da cidade.

A adufa é uma estrutura em forma de torre, feita de concreto e blocos de concreto e parcialmente submersa, por onde a água bruta é levada, através de um encanamento que passa sob a barragem da Lopes 2, para uma segunda represa logo abaixo, a Lopes 1, de onde ela é captada e enviada para tratamento.

Na quarta-feira, 10 de fevereiro, a Coden chegou a contar com os serviços de uma equipe de mergulhadores profissionais, que avaliaram a estrutura da adufa e descobriram uma rachadura em sua estrutura, aproximadamente de seis metros abaixo do nível da lâmina d’água. Provavelmente, era por este buraco que a água extra estava “vazando” e sendo perdida.

O problema foi provisoriamente contido com a instalação, no último domingo, após uma semana exaustiva de trabalho e várias tentativas, de uma placa metálica de 3,2 milímetros de espessura e 2 m2 de área na face externa leste da adufa, onde está a rachadura.

Segundo o diretor presidente da Companhia, engenheiro Ricardo Ongaro, o problema é recente e foi detectado nos últimos dias, quando as fortes chuvas que caíram desde o início do ano deram uma trégua e a equipe notou que o nível da represa baixava muito rapidamente – ou seja, que o reservatório estava vertendo água.

“Notamos que havia algo errado quando as chuvas diminuíram e, mesmo assim, a Lopes 1, situada abaixo e onde está a ECA (Estação de Captação de Água), continuou transbordando. O nível da Lopes 2 chegou a baixar 70 centímetros em uma semana, enquanto o normal seria o nível ter-se mantido estável na capacidade máxima em função das chuvas do Verão”, explicou Ongaro.

De fato, segundo as medições da Coden, a represa chegou a perder, em 7 dias da semana passada, 102 mil m3, do seu volume total 726 mil m3. Na bacia do Córrego Lopes são captados, normalmente, 7,5 mil m3 por dia. O nível já subiu 15 centímetros e deve estar totalmente recuperado nas próximas semanas, antes do início da estiagem.

Segundo Ongaro, os técnicos e engenheiros da Coden trabalham em uma solução definitiva para o problema, que deve ser executada no próximo período de estiagem, quando o nível do reservatório baixa naturalmente.

“A adufa está comprometida estruturalmente. Pode agüentar 10 anos ou não. Já estamos analisando a melhor solução junto à nossa equipe técnica. Acreditamos que a obra necessária, seja ela qual for, deverá ser executada neste Inverno, quando o nível da represa baixa”, completou Ongaro, agradecendo o empenho de suas equipes de obras, de manutenção de rede de água, os mecânicos da oficina e a equipe de Segurança do Trabalho da Coden.

Como medida de prevenção, para o caso de a adufa desmoronar ou entupir, a Coden instalou um “sifão”, com tubos de DeFoFo de 6 polegadas e uma válvula de crivo na ponta imersa, sobre a barragem da represa. Um segundo sifão está sendo instalado, o que garantiria o abastecimento mesmo no pior cenário.

Como já acontece rotineiramente, a vigilância na Represa Lopes 2 – e em todas as demais represas da cidade – continua sendo diária.


 

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