Também participaram do encontro o secretário executivo do Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Dalto Favero Brochi, e pelo gerente de Projetos Técnicos do órgão regional, Alexandre Vilella.

Vicente Andreu soube, por exemplo, que Nova Odessa é uma das cidades com maior percentual de atendimento por rede coletora de esgoto de todo o Estado de São Paulo (1º lugar na RMC, com índice de atendimento de 96,13% da população urbana segundo a Fundação Seade), uma das poucas da região a ser abastecida exclusivamente por águas de mananciais próprios (represas de córregos que nascem na cidade) e que busca ser uma das primeiras da bacia do Ribeirão Quilombo a tratar todo o seu esgoto doméstico.

“O Vicente Andreu conhece muito bem esta área (foi presidente da Sanasa Campinas, por exemplo), e pode nos ajudar bastante em nossos pedidos”, comentou o prefeito Samartin.

Tratamento de Esgoto

O secretário nacional de Recursos Hídricos se mostrou particularmente interessado no sistema da nova ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo, em construção pela prefeitura e que deve responder, sozinha, pelo tratamento de mais de 95% do esgoto doméstico da cidade (incluindo 100% dos bairros da bacia do Quilombo). Parte dos recursos investidos vem do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

“Nova Odessa optou pelo moderno e ecológico sistema compacto misto, que utiliza tanto o tratamento aeróbio quanto o anaeróbio (bactérias que respiram ou não oxigênio) em tanques conjugados, chamados de módulos. O sistema ocupa pouco espaço e gera pouco lodo, tem um custo operacional relativamente baixo, consume pouca energia e gera pouquíssimo odor”, explicou Ricardo Ongaro.

“Vejo que, na área de Saneamento, Nova Odessa é gerida por gente séria e competente. Também considero muito importante esta experiência que o Município está tendo com este sistema compacto misto (da ETE Quilombo), que vai tratar quase 100% de seu esgoto doméstico”, elogiou Vicente Andreu.

O secretário nacional de Recursos Hídricos também elogiou a Administração Municipal por ter proibido, via lei municipal, a criação de novos loteamentos habitacionais de média e alta densidade, por 20 anos (exceto conjuntos habitacionais com caráter social).

Ongaro justificou a medida tomada pelo prefeito Samartin lembrando que há 24,5 mil imóveis cadastrados, mas apenas 17,2 mil ligações de água – ou seja, há milhares de terrenos que devem ser ocupados nos próximos anos, elevando em até 50% a população atual da cidade mesmo que nem um novo loteamento seja aprovado.

Desafios

Entre os investimentos que ainda precisam ser feitos neste sistema de Saneamento Básico está boa parte do Plano Diretor Municipal de Combate às Perdas de Água, que começa a sair do papel com algumas obras e investimentos recentes da Coden, mas que ainda deve consumir vários milhões de reais. “Vamos auxiliar a Coden a localizar onde estão estes recursos”, prometeu Vicente Andreu.