Segundo as medições da própria Coden, feitas na ETA (Estação de Tratamento de Água), em julho de 2007 choveram surpreendentes 201,9 milímetros, perante meros 36,7 milímetros em 2006. Mesmo assim, a direção da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa) pede que a população consuma água tratada de maneira racional neste período final da estiagem de Inverno, evitando desperdícios.

A disponibilidade hídrica do município vem de um sistema de reservação composto por seis represas: Recanto 1, 2 e 3, Lopes 1 e 2 e a Represa Santo Ângelo, destinada para uma eventual captação emergencial. Juntas, elas somam aproximadamente 3.450.000 metros cúbicos de água bruta.

“Atualmente, todas as nossas represas estão com um nível muito bom de reservação, pois foram ‘vitaminadas’ pelas chuvas que caíram em julho passado”, comentou o diretor financeiro da Coden, Brauner Feliciano, que responde interinamente pela empresa de economia mista responsável pelos serviços de Saneamento Básico em Nova Odessa. Para ele, “mais uma vez, tudo indica que o município não terá problemas com o abastecimento de água – ainda mais levando-se em consideração que o período de chuvas já se aproxima”.

>> Planejamento

Mesmo com uma situação relativamente tranqüila, a cidade se prepara para o futuro. Segundo Feliciano, antes do período atípico de chuvas em plena estiagem, a Companhia havia iniciado um estudo da capacidade da Recanto 2, para verificação no nível de assoreamento em que a represa se encontra.

“Segundo nosso Departamento Técnico, o resultado encontrado não chega a ser preocupante nem comprometedor para a reservação, não justificando uma intervenção neste momento. Por outro lado, estamos iniciando um trabalho na Captação São Jorge (Lopes 1), já devidamente autorizado e licenciado pelos órgãos competentes, visando um aumento em sua capacidade de armazenamento”, destacou Feliciano.

>> Economia

“Por outro lado”, lembrou o diretor, “é sempre bom que a população, de uma maneira em geral, tenha a preocupação de poupar água”. “Embora não facilmente mensurável, uma vez que não temos como controlar o que acontece dentro da residência do consumidor, o uso das ‘vassouras hidráulicas’ (o uso da mangueira para lavar calçadas) e outras práticas, como manter as torneiras abertas sem necessidades ou banhos muito alongados, podem ocasionar problemas futuros com o abastecimento”, disse.