“Além de todo o desconforto dos funcionários da ETA, o problema da goteira era o grande responsável pela umidade que afetava os aparelhos, causando o embaçamento dos visores, a redução da vida útil dos materiais, enfim, uma infinidade de ‘probleminhas’ que vinham sendo resolvidos com medidas paliativas ao longo dos anos. Mas resolvemos definitivamente agora”, comentou o diretor-presidente da Coden, Sérgio Molina.

Segundo o gerente químico operacional da Coden, José Hilário Pessoa, a troca do telhado era uma reivindicação antiga, “não só pela goteira, mas também para a captação da água de chuva”. “Tínhamos este projeto há tempos, e ele abraçada por esta administração. Além de resolver o problema das goteiras, a área do telhado acaba sendo utilizada como uma captador de água de chuva, que desemboca diretamente no receptor da ETA, no mesmo local por onde entra a água que vem das nossas represas”, explicou o técnico.

“Pode não parecer nada, quando se olharmos a dimensão do telhado, em um ano teremos como quantificar através de estudos, quanto de água entrou na ETA, gratuitamente, sem o uso de energia para captação, o uso de bombas, adutoras, etc. Será um boa economia”, disse Hilário.

A angulação de 10 graus serve para que não haja acúmulo de água. “O reuso da água, tanto da retrolavagem dos filtros quanto agora da água de chuva, era um desejo antigo nosso, que agora se tornou viável”, finalizou o gerente.

>> Economia e reuso da água

Desde outubro de 2005, a Coden já faz economia com a reutilização da água resultante do processo de retrolavagem dos filtros da ETA, que consiste em conduzir a água tratada usada na retrolavagem dos filtros para um reservatório específico e então conduzir essa água de volta para a canaleta de entrada de água bruta da ETA, para tratamento, ao invés de despejá-la na rede de coleta de esgoto.

A retrolavagem é a passagem de água sob pressão, no sentido contrário ao da filtragem, para retirar as impurezas retidas na areia filtrante. Com o processo, a Coden economiza a captação em cerca de 15 milhões de metros cúbicos de água bruta por mês. Antes desde procedimento, a água utilizada era canalizada até o Bosque Manoel Jorge, no Santa Rosa.