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Nova Odessa define sistema de tratamento da ETE do Quilombo

14/12/2006 Por pepe

O prefeito de Nova Odessa, Manoel Samartin, e o diretor-presidente da Coden (Companhia de Desenvolvimento), Sergio Molina, definiram no final de novembro o sistema que será adotado na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do Ribeiro Quilombo, que vai tratar 100% do esgoto doméstico gerado na cidade. A Estação vai operar com o sistema conhecido como Ubox, ou “sistema compacto misto com reator anaeróbio-aeróbio”.

Com a adoção do sistema, o custo estimado para a ETE está na casa dos R$ 10 milhões a R$ 12 milhões. Uma área de 100 mil metros já está definida, e fica às margens do Quilombo, a jusante da Zona Urbana da cidade. Com este sistema, a ETE será construída em módulos. Cada módulo terá capacidade para atender o esgoto gerado por 25 mil pessoas. Inicialmente, serão construídos dois módulos – ou seja, para tratar o esgoto de toda a cidade. Conforme a necessidade, a Estação poderá ser ampliada (o projeto já prevê a construção de um terceiro módulo).

Os estudos técnicos para a escolha do melhor sistema foram feitos pela empresa Giansante Serviços de Engenharia S/C Ltda, de São Paulo. A empresa foi vencedora da concorrência pública para a execução do projeto básico, do projeto executivo (planta) e do RAP (Relatório Ambiental Preliminar) da ETE, e teve de apresentar quatro modelos de sistema para que Nova Odessa optasse por um.

O sistema Ubox é fornecido nacionalmente pela empresa Dedini-Codistil, com tecnologia licenciada da holandesa Paques Water Systems B.V., líder mundial na área. O sistema prevê a construção de grandes tanques de tratamento, chamados de módulos. É o mesmo sistema utilizado na ETE de Poços de Caldas. Moderno e conjugado, o sistema utiliza tanto o tratamento anaeróbio quanto o aeróbio (bactérias que respiram ou não oxigênio).

“O Ubox ocupa pouco espaço e gera pouco lodo, além de um custo operacional relativamente baixo, com pouco consumo de energia. Outra vantagem ainda é que nossa ETE estará muito próxima à área urbana, e este sistema gera pouquíssimo odor, já que não conta com lagoas aeradas nem de decantação”, comentou Sergio Molina.

“É um sistema compatível com o que precisamos. Ele traz a vantagem de ser compacto e modular, além de não gerar mal-cheiro. Outra vantagem do Ubox é a pouca necessidade de área. Esta solução atende à legislação e tem a vantagem de ser modular”, acredita o engenheiro Carlos Augusto dos Santos, da Prefeitura.

A empresa já apresentou o projeto básico da ETE do Quilombo. A próxima etapa é a execução do projeto executivo pela Giansante e o RAP devidamente aprovado pelos órgãos estaduais competentes, permitindo que Nova Odessa possa licitar rapidamente a obra da ETE. Todo o projeto da ETE do Quilombo está custando R$ 95 mil, com parte dos recursos do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) e 35% de contrapartida da Coden.

Nova Odessa pretende tratar 100% do esgoto doméstico da cidade até 2008. Para isso, a Prefeitura e a Coden já estão construindo o Interceptor de Esgotos do Ribeirão Quilombo (que vai unir as "pontas" de todos os coletores e levar os dejetos até a futura ETE). Parte da obra é financiada pelo Fehidro. Com o projeto da ETE em mãos, a Prefeitura pretende buscar financiamento externo para a obra. Já há um pedido pré-aprovado Ministério das Cidades.


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