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2ª blitz contra veraneio ilegal em represas flagra 150 banhistas

05/02/2006 Por pepe

A segunda blitz contra o veraneio ilegal nas represas que abastecem Nova Odessa, realizada no domingo, 5 de fevereiro, surpreendeu as autoridades envolvidas pelo número de banhistas retirados. Nada menos que 150 pessoas, incluindo famílias inteiras, foram orientadas e tiveram de deixar imediatamente a Represa Recanto 3. Segundo estatística feita pela coordenadora municipal das Vigilâncias em Saúde, Elaine Elisabete Pessoa, 38% dos banhistas eram de Santa Bárbara D’Oeste, 32% de Americana, 25% de Nova Odessa e 5% de Sumaré.
No domingo anterior, data da primeira blitz, 60 banhistas foram retirados das represas nas quais é feita a captação de água potável de Nova Odessa. Segundo os envolvidos, o aumento na freqüência deve-se ao tempo seco verificado no dia 5. Segundo informações passadas pelos próprios banhistas ilegais, o dia anterior, sábado, também teve muitas pessoas nadando irregularmente na represa, sujeitando-se a riscos de acidentes e sujeitando a própria água, destinada para o consumo humano, ao risco de contaminação.
Para acabar de vez com o problema, uma série de medidas foram definidas nesta segunda-feira, dia 6, em reunião de avaliação da blitz realizada na Prefeitura e que contou com a chefe de Gabinete Salime Abdo, com o diretor-presidente da Coden (Companhia de Desenvolvimento), Sergio Molina, com o diretor do Segam (Serviço de Guarda Municipal), José Darci Secco, e com Elaine. As medidas incluem, além da instalação de placas de aviso (realizada semana passada), a instalação de uma cerca de arame farpado na rampa usada como entrada da Recanto 3, de um portão, o corte do barranco, criando um “degrau” de três metros de altura logo após a cerca e principalmente o desassoreamento da represa.
A Coden já possui, desde 2005, autorização do DEPRN (Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente para a obra. Com o desassoreamento, toda a areia levada pelas chuvas para formar a pequena “praia” utilizada pelos banhistas vai desaparecer. A água, no local, vai ficar com a profundidade aproximada de 3 a 4 metros. Para Molina, com o fim do “caráter de praia” da represa, o problema deve ser definitivamente solucionado. A obra deve ser feita em conjunto entre Coden e Prefeitura e começar nas próximas semanas.
As blitze, realizadas por uma equipe de policiais militares, guardas do Segam (Serviço de Guarda Municipal), fiscais da Prefeitura e da Vigilância Sanitária e técnicos da Coden vão continuar. A ação tem, inicialmente, caráter de orientação e fiscalização. Segundo Secco, os veículos encontrados estacionados em áreas de preservação serão apreendidos e levados à Polícia Civil.
Como na primeira blitz, os banhistas e pescadores receberam bem a equipe e não reagiram à ordem para se retirar e não mais utilizar os espaços como área de lazer. Eles podem ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais e no Código Florestal por estarem invadindo áreas particulares e APPs (Áreas de Preservação Permanente). Nenhum comércio ilegal foi observado. Os banhistas também estão sujeitos a doenças como a febre maculosa, pois há colônias de capivaras nas áreas verdes adjacentes às represas.
“Muitos reclamaram, alegando que não tem onde passear com os familiares e que, devido ao calor, acabam indo para as represas como uma forma de lazer e por não terem condições de pagar para entrar em pesqueiros ou clubes”, contou Elaine Elisabete Pessoa. Neste sentido, a Prefeitura está atualmente reformando as piscinas do Ginásio do Jardim Santa Rosa, em Nova Odessa, desativadas há 13 anos.
A criação da força-tarefa visa fiscalizar a presença de banhistas e ambulantes nas represas que abastecem o município. Os horários e locais das blitze não serão divulgados previamente. As equipes contarão sempre com policiais militares e guardas municipais, fiscais da Prefeitura, agentes da Vigilância em Saúde, agentes de Trânsito e técnicos da Coden e policiais ambientais.

 

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