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60 repreendidos por veraneio ilegal nas represas de Nova Odessa

29/01/2006 Por pepe

Em função das chuvas, apenas uma das três blitze programas para acontecer nas represas que abastecem Nova Odessa foi realizada, no último domingo, 29 de janeiro. Mesmo assim, 60 pessoas, distribuídas em aproximadamente 15 grupos de pescadores e banhistas, foram flagradas e receberam orientação para não utilizar os locais como área de veraneio. A equipe da blitz contou com 20 pessoas, entre policiais militares, guarda do Segam (Serviço de Guarda Municipal), fiscais da Prefeitura e da Vigilância Sanitária e técnicos da Coden (Companhia de Desenvolvimento).
A ação – que vai ser mais enérgica de agora em diante – teve, neste primeiro momento, caráter de orientação e fiscalização. As represas visitadas no domingo foram as Recanto 2 e 3. Os banhistas e pescadores receberam bem a equipe e a orientação de não mais utilizar os espaços como área de lazer, devido aos riscos iminentes de contaminar as águas que servem ao abastecimento da cidade, de acidentes pessoais (inclusive de afogamento) e de serem enquadrados na Lei de Crimes Ambientais, devido ao fato de os banhistas estarem invadindo áreas particulares e APPs (Áreas de Preservação Permanente).
Chamou a atenção o fato de que boa parte dos grupos era de outras cidades – principalmente Americana e Santa Bárbara d´Oeste. Os banhistas irregulares chegaram a argumentar que procuraram as áreas das represas de Nova Odessa porque os espaços equivalentes de outras cidades, como a Represa da Areia Branca, em Santa Bárbara d´Oeste, também são proibidas ao veraneio.
Uma pessoa foi flagrada com maconha – crime classificado como porte de entorpecentes. Ela foi levada ao Plantão Policial pela PM. No entanto, nenhum comércio ilegal foi observado. Essa era uma preocupação dos órgãos públicos envolvidos na fiscalização devido ao risco de contaminação do meio ambiente por embalagens vazias e lixo orgânico.

Reunião
Uma reunião de avaliação desta primeira ação multisetorial para combater o problema foi realizada na segunda-feira, 30 de janeiro, na Prefeitura, com as presenças de representantes de todos os órgãos envolvidos, da chefe de Gabinete Salime Abdo e do diretor presidente da Coden, Sergio Molina, e de policiais ambientais, convidados a se unirem à iniciativa. Decidiu-se continuar com a realização das blitze de fiscalização nos finais de semana.
Também serão instaladas barreiras físicas adicionais e mais placas de orientação em todas as represas que abastecem Nova Odessa, para impedir o acesso de veículos e pessoas. Será reforçado o fato de os banhistas estarem sujeitos a doenças como a febre maculosa, pois há colônias de capivaras nas áreas verdes adjacentes às represas. Estuda-se também regulamentar municipalmente itens do Código Florestal e da Lei de Crimes Ambientais, ambas leis federais.
A criação da força-tarefa visa fiscalizar a presença de banhistas e ambulantes nas represas que abastecem o município. Os horários e locais das blitze não serão divulgados previamente. As equipes contarão sempre com policiais militares e guardas municipais, fiscais da Prefeitura, agentes da Vigilância em Saúde, agentes de Trânsito e técnicos da Coden e, a partir da próxima ação, policiais ambientais.
Recentemente, técnicos da Coden constataram a presença de lixo oriundo do consumo recente de produtos alimentícios nos locais, o que levou à conclusão de que as represas Recanto 2 e 3 têm sido indevidamente utilizadas para a prática de veraneio durante nos fins de semana. Há ainda o risco a que os banhistas estão se expondo, pois por se tratarem de áreas fechadas e APPs, não há a menor segurança para a prática de veraneio.


 

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