A Coden Ambiental, concessionária dos serviços de Saneamento Básico de Nova Odessa, iniciará em agosto os serviços de batimetria dos sistemas Lopes e Recanto e do Córrego Palmital. O levantamento dos dados batimétricos deve ser concluído em quatro meses e determinará com precisão o volume máximo de armazenamento de água bruta nos reservatórios hídricos responsáveis pelo abastecimento do município.

 

Com subsídios técnicos confiáveis acerca da profundidade desses mananciais de superfície e da quantidade de materiais sedimentados existente neles será possível planejar com segurança projetos de desassoreamento e outras ações preventivas para que a oferta de água à população não seja afetada, principalmente em períodos de estiagem, quando a vazão é baixa e pode levar o sistema de captação a operar na reserva.

 

As medições do fundo das represas serão feitas com um aparelho ecobatímetro integrado ao Sistema de Posicionamento Global (GPS). A coleta de dados também se baseará em imagens de satélite e drones, mapas topográficos e banco de dados georreferenciados. De acordo com o diretor Técnico da Coden Ambiental Rean Gustavo Sobrinho, embora a execução da batimetria seja recomendável periodicamente, há quase uma década esse tipo de trabalho não era feito, o que estava impedindo a empresa de definir parâmetros adequados para os desassoreamentos.

 

“Com o passar do tempo, um volume expressivo de sedimentos vem sendo depositado no fundo das represas trazidos pelas enxurradas e o manejo indevido do solo nas áreas vizinhas, o que compromete a quantidade e a qualidade da água bruta disponível. A batimetria permitirá a correta retirada desse material, sem colocar em risco a capacidade produtiva das represas e aumentando a disponibilidade hídrica. Por isso, é uma das prioridades da nossa atual gestão”, explicou o diretor.

 

A batimetria faz parte de um conjunto de ações que estão em curso na Coden com o objetivo de preparar as unidades de captação, tratamento e distribuição de água para o enfrentamento dos impactos ocasionados pelas mudanças climáticas, entre eles a escassez de chuvas, já prevista por especialistas. Recentemente, a empresa concluiu o desassoreamento da represa São Jorge, que compõe o Sistema Lopes. No próximo mês, deverá finalizar a limpeza da represa Recanto 1, que inclui a retirada das plantas macrófitas e algas.

 

Somam-se ainda a esta estratégia outras obras que estão em andamento, como a impermeabilização de um dos reservatórios de água tratada do Klavin, que estava desativado há 11 anos; a primeira reforma estrutural do reservatório Castelo, em atividade há mais de 50 anos; a construção de redes, adutoras e reservatório para levar água encanada à região do Pós-Anhanguera e que deverá ser finalizada no início de 2023; e a construção da Estação de Tratamento de Água – ETA 2, a ser inaugurada em breve.

 

Legenda: Represa Lopes 2 (Laurindo)