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Tratamento de esgoto de Nova Odessa servirá de modelo para municípios do Centro-Oeste

11/09/2019 Por pepe

O sistema de tratamento de esgoto de Nova Odessa, que usa tecnologia de processamento compacto de alta eficiência, vai servir de modelo para melhorar a qualidade de vida de moradores de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso Sul e do Distrito Federal. A informação é do chefe da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), Nelson Vieira. O superintendente esteve no município nesta quarta-feira (11) para conhecer o funcionamento da ETE Quilombo, que trata 100% do esgoto doméstico coletado na cidade.
 
Nelson Vieira assumiu a Sudeco em julho e está percorrendo municípios em todo país, em busca de “cases” de sucesso que possam ser replicados para o desenvolvimento dos municípios da região. A Superintendência é uma autarquia do governo federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Vieira visitou a estação na companhia da arquiteta Georgia Carolina Capistrano da Costa, chefe de divisão do DPA (Departamento de Planejamento e Avaliação) da Sudeco, além técnicos da área de saneamento.
 
Na ETE, o superintendente foi recebido pelo diretor-presidente da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), Ricardo Ongaro. “Viemos conhecer a tecnologia utilizada na estação, que permite que o processo ocorra em espaço reduzido, com quase nenhum cheiro, apesar de todo esse volume de tratamento. É um exemplo que a gente vai levar para alguns municípios do Centro-Oeste com IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] baixo. Afinal, tratar esgoto é cuidar da saúde das pessoas”, afirmou o superintendente, que saiu da unidade satisfeito com o que viu, agradecendo ao diretor-presidente e ao prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza pelo acolhimento.
 
O superintendente da Sudeco também conheceu a Usina de Compostagem de Lodo, que funciona na área da ETE. Fruto do investimento de investimento de R$ 1.886.200,00, a unidade foi inaugurada no mês passado e funciona em fase de testes, transformando resíduos gerados durante processo de tratamento em adubo orgânico.
 
Em compromissos na capital paulista, o prefeito Bill falou com Nelson Vieira por telefone e colocou o corpo técnico da Administração Municipal à disposição da Sudeco. “É uma grande satisfação servir de exemplo para outros municípios que buscam aprimorar seus sistemas de saneamento, preservar o meio ambiente e melhorar a saúde dos moradores. Estaremos sempre de portas abertas e prontos para dar nossa contribuição”, disse Bill.
 
“De todos os sistemas de tratamento que eles conheceram, o nosso é que tem o menor investimento por habitante. Para nós, esse reconhecimento é muito gratificante. É sinal de que nosso trabalho está sendo bem feito. Vamos continuar investindo, buscando tecnologias e avançando para seguir estimulando outros municípios a seguirem o mesmo caminho, que é uma tendência”, avaliou Ricardo Ongaro.
 
Também acompanharam a visita Sérgio Cruz, Henrique Assis e Mariana Buelloni, representantes da Paques, empresa especializada em sistemas de tratamento de água e efluentes; Tiago Seydell e Pedro Rocha, da STS Engenharia; o diretor técnico da Coden, Eric Padela; o técnico em saneamento e gestor da ETE, Thiago Jozer; e o chefe da Divisão de Serviços, Natalício Marques.
 
 
ETE QUILOMBO. É uma das maiores obras públicas do Brasil a adotar a tecnologia U-Box, considerada a melhor disponível para países tropicais. A tecnologia não demanda a construção de lagoas a céu aberto, pois dois tipos de reatores são instalados no mesmo tanque de concreto armado, “empilhados”, o que economiza espaço físico e reduz custos operacionais. Automatizado e com baixo impacto ambiental, o sistema elimina odores, já que conta com queimador de gás, consome pouca energia, não gera ruídos e pode ser operado por uma equipe reduzida. 
 
Nos últimos seis anos, Nova Odessa investiu mais de R$ 50 milhões em saneamento básico. Desse montante, R$ 17 milhões foram aplicados em coleta, afastamento e tratamento de esgoto. A ETE Quilombo passou por duas fases de expansão e recebeu R$ 12,15 milhões. Após a entrega da terceira fase, em julho do ano passado, o município passou a ter capacidade para tratar o esgoto de 90 mil pessoas. A unidade trata, em média, 130 litros de efluentes por segundo e gera nove toneladas de lodo por dia.

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