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Coden inicia testes com adubo orgânico produzido a partir do esgoto

02/07/2019 Por pepe

Nova Odessa iniciou na manhã desta segunda-feira (1º) a fase de testes para produção de fertilizante orgânico por meio do processo de compostagem do lodo de esgoto. Os primeiros movimentos da usina novaodessense foram acompanhados pelo prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza, que também é presidente do Consórcio PCJ (Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), o diretor-presidente da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), Ricardo Ongaro, e o diretor técnico da companhia, Eric Padela.

A usina de compostagem funciona num barracão de 1.250 metros quadrados, construído na área da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo, responsável pelo tratamento de todo esgoto coletado no município. Foram investidos R$ 2,3 milhões no projeto, sendo  R$ 1,864 milhão provenientes da cobrança pelo uso da água e R$ 448,9 mil de contrapartida da Coden.

A compostagem consiste na mistura do lodo de esgoto, resíduo gerado durante o processo de tratamento, com restos de podas de árvores e substâncias químicas, como óxido de cálcio e calcário. A licença para operação da usina foi emitida no final do mês passado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

“É um dos projetos mais arrojados da Região Metropolitana de Campinas. Uma iniciativa inovadora, na qual transformamos o lodo gerado pela Estação de Tratamento de Esgoto e galhos das podas de árvores que fazemos semanalmente na cidade em adubo orgânico, que vamos usar em nossas praças, parques e jardins”, avaliou o prefeito Bill.

De acordo com o prefeito, a compostagem vai gerar uma economia de R$ 50 mil aos cofres públicos. “Hoje, o lodo gerado na ETE, aproximadamente nove toneladas por dia, é encaminhado a um aterro, para que tenha a destinação correta. Com a usina, vamos reduzir essa despesa e tornar nossa estação sustentável”, completou o prefeito.

Ricardo Ongaro, diretor-presidente da Coden, empresa responsável pelos serviços de água, esgoto e manejo de resíduos na cidade, explicou que a fase experimental é fundamental na busca da melhor composição para o adubo. Segundo ele, além de lodo e galhos triturados, a mistura pode receber produtos químicos, para o equilíbrio da acidez.

“Com a usina de compostagem, nossa ETE se tornará 100% sustentável. Já reduzimos em aproximadamente 80% a carga orgânica do esgoto que chega à estação e o devolvemos ao Ribeirão Quilombo em forma de água limpa. Agora, vamos transformar o lodo em adubo, dimuindo ainda mais o impacto dos efluentes no meio ambiente”, explicou Ongaro.

Após a realização dos testes, a Coden pretende comercializar o adubo orgânico para o uso agrícola, criando uma nova fonte de receita. Para isso, a companhia vai buscar a certificação orgânica no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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