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Coden Ambiental recebe visita da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Amapá

23/03/2022 Por Edneia Reami

Nesta quarta-feira (23/03), a Coden Ambiental, concessionária de serviços de Saneamento Básico do município, recebeu a visita de representantes da ARSAP (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Amapá) para conhecer o sistema de monitoramento de combate à perda de água que é utilizado em Nova Odessa, considerado uma referência por apresentar os menores índices da região. Eles também visitaram as instalações da Estação de Tratamento de Água – ETA 1 para conhecer o processo utilizado pela Coden na produção do cloro a partir do cloreto de sódio e a Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Quilombo.

 

Da ARSAP, estiveram presentes o coordenador de Controle e Fiscalização Operacional Mauro Magalhães e o gerente do Núcleo de Fiscalização Econômico Financeira Marcos Rodrigues. Eles foram acompanhados pelo engenheiro ambiental da ARES PCJ (Agência Reguladora de Saneamento Básico das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) Gabriel Guidolin Bertoli.

 

O papel da ARSAP é exercer o controle, a regulação e a fiscalização dos serviços públicos delegados à agência e dos contratos de concessões com empresas privadas. “Em breve, o Amapá terá um contrato de saneamento básico com o setor privado e nós iremos fiscalizar, exigindo qualidade e o cumprimento de metas. E para buscar parâmetros mais adequados que possam ser aplicados nesse trabalho, estamos conhecendo modelos que já alcançaram êxito, como aqui na Coden”, explicou o gerente do Núcleo de Fiscalização Econômico Financeira da ARSAP.

 

Combate às perdas
De acordo com o diretor Técnico da Coden Ambiental Rean Gustavo Sobrinho, desde 2009, a Coden realiza o monitoramento remoto, por sistema de telemetria, em tempo real, da pressão e vazão em 52 pontos das redes e dos volumes registrados na saída dos reservatórios. “Em 13 anos, o índice de perda de água caiu de 49% para 28%, um dos mais baixos da região”, afirmou ele.

 

Outro esforço da Coden nessa direção é a constante renovação do parque de hidrômetros residenciais, com a troca daqueles que possuem mais de cinco anos de uso. As ações da empresa de combate a perdas também já resultaram na troca de 76,14 Km da rede de água por tubulações em PEAD, extinguindo-se materiais como ferro fundido, cimento amianto e outros. Hoje, toda a rede de distribuição de água de Nova Odessa conta com tubulações de alta resistência, em PEAD e PVC.

 

Cloreto de Sódio
O cloro utilizado no tratamento da água de Nova Odessa é feito na própria Estação de Tratamento de Água – ETA 1, a partir do cloreto de sódio transformado em salmoura, que é o cloro na forma líquida. Essa substância tem o mesmo poder de desinfecção do cloro na forma gasosa, porém seu uso é muito mais seguro. O processo consiste na eletrólise de uma solução contendo sal e água.

 

ETE Quilombo
A Estação de Tratamento de Esgoto de Nova Odessa, a ETE Quilombo, também é considerada uma referência na região, especialmente por seus quatro reatores Biopaq Ubox, de tecnologia holandesa, que permitem a ocorrência de duas fases de tratamento do esgoto – aeróbia e anaeróbia – no mesmo tanque. O esgoto entra pela metade inferior do tanque, onde é digerido por bactérias anaeróbias (que não respiram oxigênio), sobe até a metade superior por ascensão, onde o ar é soprado na mistura e entram em ação as bactérias aeróbias (que respiram oxigênio).

 

Um dos diferenciais destes equipamentos é a eliminação do odor característico do lodo resultante do processo. Juntos, eles tratam 110 litros de efluentes por segundo e garantem à ETE Quilombo uma capacidade estimada para atender 80 mil habitantes, um número bastante superior à população de Nova Odessa, que totaliza, aproximadamente, 61 mil pessoas.

 

Rotineiramente, são realizadas análises laboratoriais para medir a quantidade de metais do esgoto bruto, a concentração de sólido nas fases aeróbia e anaeróbia do tratamento, o índice de eficiência, entre outros indicadores.

 

A ETE Quilombo foi inaugurada em 2012, em substituição à ETE Palmital, que na época tratava apenas 7% do esgoto gerado no município. Desde então, a unidade vem alcançando indicadores de excelência e colocando Nova Odessa na vanguarda regional do Saneamento Básico.

 

Atualmente, 96% da população é atendida com a coleta de esgoto e 100% do mesmo é tratado. E graças à unidade, a cidade deixou de lançar esgoto doméstico e industrial sem o tratamento adequado no Ribeirão Quilombo, devolvendo a esse corpo hídrico em média 90 litros de efluentes desinfectados por segundo, ou seja, água praticamente limpa.

 

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