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Coden de Nova Odessa retira algas da superfície da Represa Recanto 1

24/01/2010 Por pepe

A Coden (Companhia de Desenvolvimento) de Nova Odessa, empresa de economia mista responsável pelos serviços de Saneamento Básico na cidade, iniciou nesta segunda-feira, 25 de janeiro, a limpeza mecânica das algas que tomaram a superfície da Represa Recanto 1, onde está localizada a ECA (Estação de Captação de Água) Recanto.

No local, é feita a captação de 50% da água que abastece a cidade. As algas, da espécie macrófita elódia, não são tóxicas, mas prejudicam o tratamento da água, já que causam gosto e cheiro, fazendo com que a Coden precise aumentar a dose de produtos químicos para o tratamento.

É a segunda limpeza de algas que a Coden realiza em 2010 na Represa Recanto 1. “Estas algas começaram a surgir em 2005 e se reproduzem rapidamente. Desde agosto de 2009, elas se tornaram um problema. Hoje, temos grandes quantidades destas algas, que nascem no fundo da represa. Quando morrem, se desprendem e vão para a superfície”, comentou o diretor presidente da Coden, Ricardo Ongaro.

O gerente químico da companhia, José Hilário Pessoa, explicou que as algas têm de um ano a um ano e meio de vida. “Enquanto elas estão crescendo, consomem oxigênio da represa, mas também geram oxigênio porque realizam fotossíntese. Quando morrem, em sua decomposição, somente consomem oxigênio e geram partículas que alteram o estado normal da água”, comentou Pessoa.

Segundo Ongaro, as algas se despregam no fundo da represa principalmente em épocas de chuvas fortes, como agora. “A água fica mais agitada e há a remoção do material do fundo. Por isso este trabalho de remoção mecânica (manual) é necessário principalmente nesta época. As algas também podem entupir as válvulas constantemente, diminuindo a vazão de água para a ETA (Estação de Tratamento)”, disse o diretor presidente da Companhia.

A retirada mecânica é feita por funcionários da Coden, que se deslocam de barco pela lâmina d’água e arrastam as algas, amarradas por cordas, até o vertedouro, de onde são retiradas e despejadas em outro local adequado, para secagem.

“Vale lembrar que as algas não poluem a represa e não são tóxicas. A retirada delas é necessária apenas porque elas dificultam o tratamento de água”, destacou Ongaro.

Como as algas estão ocupando cerca de 50% da superfície da represa, o trabalho pode durar até duas semanas. Ainda não foi estimado o volume de material que poderá ser retirado. Mesmo durante o trabalho de remoção, a captação de água no Sistema Recanto não pára, e o tratamento e abastecimentos da cidade não é prejudicado.

Captação do Lopes

Como previsto, o abastecimento de água foi normalizado em toda a cidade até o início da noite do último sábado. Na última quinta-feira, a captação na Represa Lopes 1 teve de ser interrompida por 15 horas, em virtude do transbordamento do reservatório e do alagamento da ECA (Estação de Captação de Água) do local, responsável por 50% da captação da água tratada e distribuída pela Coden.

Para evitar problemas futuros, segundo Ongaro, será construído em segundo vertedouro da Represa Lopes 1, ao lado do que transbordou e com capacidade para suportar um eventual aumento no volume de água – conhecidos como “ondas de cheias atípicas”. A obra deve ser realizada nos meses de estiagem. “Até lá, construímos um canal auxiliar que deve ser o suficiente para evitar novos alagamentos na ECA do Lopes”, completou o presidente da Coden.


 

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