O diretor presidente da empresa concessionária, Ricardo Ongaro, reforçou que “a ETE vai entrar em funcionamento, na fase de testes, assim que possível, independente da realização da cerimônia de inauguração oficial”.

Entre os serviços em fase final de realização, está a conclusão do emissário final dos efluente já tratados, com no mínimo 96% de pureza, de volta ao Ribeirão Quilombo. Inicialmente, os testes de funcionamento da ETE, já com as colônias de bactérias introduzidas em seu tanque principal, serão realizados com o efluente da bacia do Córrego Recanto. Semana passada, foram instalados os novos letreiros de identificação permanente do equipamento público.

Considerada a maior obra pública da história da cidade e uma das mais modernas ETEs públicas do país, a Estação e sua rede de tubulações coletoras de esgoto recebeu investimento total de R$ 24 milhões. Quanto estiver totalmente operacional, após a fase de testes, o novo sistema vai tratar 100% do esgoto doméstico urbano produzido pela população da cidade.

Apenas a ETE propriamente dita, que conta com uma das mais modernas tecnologias disponíveis, custou R$ 11,6 milhões, dos quais R$ 7,6 milhões foram financiados ao Município em 240 meses pelo Governo Federal, através do PAC. O restante é pago pela Prefeitura, com recursos próprios.

Realizada pela Prefeitura através de licitação, a obra da ETE Quilombo teve apoio técnico e acompanhamento da Coden durante toda a sua execução. A Coden, concessionária pública municipal dos serviços de Água e Esgoto, também será responsável pela operação da Estação.

A ETE Quilombo tem capacidade para tratar 186 litros por segundo, o equivalente ao esgoto produzido pela população urbana atual da cidade, de aproximadamente 50 mil pessoas. Ela está situada próxima à divisa com Americana, no ponto mais baixo do território novaodessense. Isto representa economia em energia elétrica, ao permitir que 98% do esgoto chegue ao local sem a necessidade de bombeamento.

A Estação é um dos maiores projetos do Brasil a adotar o moderno sistema de reatores compactos mistos aeróbios-anaeróbios, os tanques U-Box, de tecnologia holandesa e que dispensam as tradicionais lagoas a céu aberto. Totalmente automatizado, o sistema U-Box não gera odores, pois conta com queimador de gás, consome pouca energia e pode ser operado por uma equipe reduzida de técnicos.

Nesta primeira fase, foram construídos dois U-Box, cada um com capacidade para o esgoto de 25 mil pessoas. Em breve, também com apoio do PAC do Governo Federal, será aberta a licitação para a construção de um terceiro tanque, elevando sua capacidade para 75 mil pessoas.

O sistema de tubulações que vai levar o esgoto à ETE, formado por 7 coletores e 1 interceptor, também está em fase adiantada de obras, com praticamente 95% de sua extensão final prontos e investimentos de aproximadamente R$ 12,4 milhões – em grande parte oriundos dos fundos públicos geridos pelos Comitês PCJ, inclusive do Fehidro.