Na última quinta-feira, a Companhia deu início à reforma do segundo decantador, que deve aumentar essa economia em mais 100 metros cúbicos de água tratada por dia. Segundo o diretor presidente da empresa de economia mista, Ricardo Ongaro, a reforma do segundo decantador está sendo realizada por empresa contratada por licitação e vai consumir um investimento de R$ 140 mil.

“É uma obra de extrema importância, porque a modernização dos decantadores contempla a instalação de colméias de polietileno expandido reforçado que levam a um aumento em até 80% na capacidade de decantação de matéria sólida contida na água bruta que passa pelo equipamento. Esse aumento na capacidade é causado pelo aumento da área de atrito entre os flóculos de matéria orgânica com a nova colméia, que fica imersa no tanque”, explicou Ongaro.

A reforma inclui também a ligação em série dos dois tanques floculadores, que antes operavam em paralelo e que ficam imediatamente antes do decantador reformado, além da instalação de uma nova cortina defletora logo na entrada da água no decantador, que visa diminuir a velocidade da água e, assim, dar mais tempo para que a matéria sólida decante na forma de lodo.

Isso tudo, segundo Ongaro, acelera o processo de formação dos flocos de matéria sólida, que se dá através da mistura dos produtos químicos (principalmente o policloreto de alumínio) que ajudam no tratamento da água bruta que entra na ETA, e dificulta que as particulas que ainda não tenham peso suficiente para decantar sejam “barradas” antes da saída da água tratada. Normalmente, o lodo é retirado do fundo do tanque decantador a cada 60 dias.

“Como a água que sai do decantador e vai para os filtros carrega menos material sólido, a obra nos permite lavar os filtros em intervalos maiores de tempo, o que economiza água tratada no processo de retrolavagem”, completou o engenheiro, destacando que a água tratada oriundo do processo de retrolavagem dos filtros já é, desde 2006, reinserida no sistema de tratamento, e não desperdiçada.

A obra contempla uma nova impermeabilização interna de todas as paredes de concreto do tanque decantador. Os outros dois decantadores da ETA, cada um com capacidade para tratar até 50 litros por segundo, também devem receber a melhoria em breve.

“A capacidade somada dos decantadores 1 e 2 nos permitem, se for necessário, parar completamente os decantadores 3 e 4 por até seis meses, já que a reforma desses dois últimos será mais complicada e demorada. Já estamos buscando recursos junto ao Governo Federal ou ao Fehidro para fazer as reformas que faltam”, completou Ricardo Ongaro.

O decantador é o equipamento responsável por retirar da água bruta (in natura), captada nas represas da cidade, as partículas suspensas, como areia e material orgânico (restos de plantas). O ciclo da água no equipamento dura 2 horas. Para permitir a decantação, são adicionados à água bruta produtos como o policloreto de alumínio, cal, flúor, carvão, cloro gasoso e hipoclorito de sódio.