A Coden comprometeu-se em reduzir as perdas dos atuais 43% da água tratada para um índice de 38%, executando obras como a setorização da rede de distribuição e a troca de hidrômetros nos imóveis. O dinheiro poderá ser utilizado em até dois anos, em parcelas proporcionais ao percentual de redução de perdas, aferido a cada 6 meses.

O Reágua é um programa da Secretaria de Recursos Hídricos do Governo do Estado que visa investimentos nas áreas de redução de perdas, uso racional da água e outros, através de investimentos de cerca de R$ 163 milhões, oriundos do Banco Mundial, destinados a Saneamento Básico a ser investido no Estado de São Paulo.

“Em janeiro, técnicos do Banco Mundial, que financia o Reágua, virão à cidade aferir nosso índice de perdas atual, que está na casa dos 43%. A partir daí, os pagamentos parcelados do valor que vamos receber serão liberados de 6 em 6 meses, conforme atingirmos as metas de redução neste índice de perdas”, explicou.

“O compromisso da Coden para ser contemplada pelo Reágua foi de reduzir as perdas, com este dinheiro, para 38% – o que é bastante, correspondendo à economia de aproximadamente 750 mil litros por dia”, destacou Ongaro.

O programa começou em 2008, quando os municípios interessados cadastraram as obras de seu interesse nesta área. “Os pedidos foram submetidos a escalas de prioridades. De lá pra cá, foram realizadas diversas reuniões entre os municípios interessados e técnicos da Secretaria, nas quais foram selecionados os projetos cujas documentações solicitadas tenham sido atendidas, como projetos, licenças ambientais, planilhas de orçamento e cronogramas. As cidades foram selecionadas por ordem de prioridade de investimento”, contou o presidente da Coden.

Perdas

Paralelamente, a Coden já adotou e está adotando outras medidas previstas no Plano Diretor de Perdas, como o geofonamento (a “caça” aos vazamentos), a modernização da ETA (Estação de Tratamento de Água) e a implantação de macromedidores de vazão com monitoramento à distância (telemetria) na ETA.

Em breve, serão iniciadas a troca de 14 quilômetros de rede de água da área central e a implantação da setorização, macromedição e telemetria de todo o sistema de adutoras de abastecimento da cidade, que será dividido em 22 setores.

Estas obras são ou serão realizadas com recursos próprios e também com dinheiro do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) e da Cobrança Pelo Uso das Águas dos Rios Federais e Estaduais, sempre através de projetos aprovados pelo Comitê PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

O objetivo final do Plano, que visa diminuir o desperdício e aproveitar melhor a capacidade do atual sistema de abastecimento, é derrubar as perdas de uma média dos 56,4% de alguns anos atrás para 43%, daí para 35% no médio prazo e, finalmente, para 20% a 25% no longo prazo, que é um índice de primeiro mundo. Para isso, o investimento deve ser de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões ao longo dos próximos anos.