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Coden vai receber R$ 4,7 mi do Comitê PCJ para obras de Combate às Perdas de Água Tratada

03/03/2010 Por pepe

A Câmara Técnica de Planejamento do Comitê PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) reuniu-se nesta quarta-feira, 3 de março, em Americana, e aprovou a liberação de R$ 4.754.247,00 a fundo perdido para obras do Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada da Coden (Companhia de Desenvolvimento) de Nova Odessa.

Os projetos da Coden prevêem R$ 3.583.146,00 (incluindo a contrapartida) para a troca da rede de água de toda a área central de Nova Odessa e R$ 2.359.663 para a implantação da setorização, macromedição e telemetria de todo o sistema de abastecimento da cidade.

Segundo o diretor presidente da Companhia, engenheiro Ricardo Ongaro, que acompanhou a reunião, foram aprovados 41 projetos de prefeituras, autarquias, empresas e órgãos públicos da região atendida pelo Comitê, totalizando R$ 31 milhões em pedidos. Os projetos da Coden ficaram em 4º e 5º lugar na lista de hierarquização dos pedidos, feita através de pontuações dadas pela equipe técnica da Agência de Bacias, outro órgão do Comitê PCJ.

“Como há pouco mais de R$ 13 milhões para serem distribuídos para projetos inseridos no Grupo 2 (na modalidade ‘perdas e águas’), está garantido que vamos receber o recurso”, comemorou Ongaro, que já deu a boa notícia ao prefeito Manoel Samartin.

Os recursos externos de R$ 4,7 milhões virão do Fehidro (Fundo Estadual dos Recursos Hídricos) e também da Cobrança Pelo Uso da Água dos rios estaduais e federais que cortam a região. No total, somando-se as contrapartidas de 20% a serem pagas pela própria Coden, os investimentos podem passar dos R$ 5,9 milhões em melhorias na rede de água de Nova Odessa.

A decisão final pela liberação dos recursos aos organismos solicitantes deve ser homologada no próximo dia 19 de março, na reunião plenária do Comitê PCJ. “Em seguida, já receberemos os contratos para assinatura e as autorizações para abertura de licitação”, explicou Ongaro.

Troca da rede

Segundo explicação dada recentemente pelo chefe de Projetos e Contratos da Coden, Eric Anthony Padela, o projeto da troca da rede de água do Centro prevê a substituição de 12.000 metros de tubulação.

Atualmente, a tubulação ainda é de ferro fundido, com uma média de idade de 40 anos, o que permite o surgimento de incrustações e entupimentos constantes e leva a uma necessidade de manutenção intensa.

A nova rede será instalada pelo método não destrutivo, ou seja, sem a abertura de valas, exatamente para não atrapalhar o trânsito. Serão usados tubos de PEAD (polietileno de alta densidade), o material mais indicado para controle de perdas atualmente porque apresenta baixo índice de vazamentos.

Setorização

Já a implantação da setorização, macromedição e telemetria vai beneficiar toda a cidade. Com a setorização, a Coden vai poder verificar, em tempo real, os pontos críticos de vazamentos e vai poder atuar rapidamente na região, diminuindo o índice geral de perdas.

“É a forma mais racional e moderna de se administrar uma rede municipal de distribuição de água tratada”, justificou o chefe de Projetos e Contratos da Coden. A rede será “dividida” em 22 setores, cada um com seu macromedidor (hidrômetro) e sua telemetria (sensores remotos), que vão enviar seus dados 24 horas por dia para o sistema central de monitoramente da ETA (Estação de Tratamento de Água).

Combate às perdas

Entre outras medidas já adotadas ou em fase de projeto, o Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada da Coden prevê o geofonamento noturno constante da rede, em busca de vazamentos pontuais e que foi retomado em janeiro, a implantação do reuso da água dos filtros da ETA e a implementação de um sistema de macromedidores de vazão nas adutoras.

Estas medidas já reduziram as perdas de 57% em 2005 para os atuais 43% em 2010, mas o objetivo final é ficar entre 20% a 25%, que seriam índices “de primeiro mundo”.


 

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