O Sistema Recanto, composto por três represas e em vias de ser ampliado, é a principal fonte de água bruta da cidade. O valor orçado previamente é de R$ 273 mil, valor que deve cair com a licitação.

Apenas a troca do equipamento e da rede elétrica deve resultar em uma economia de 40% no consumo de energia sem perda de potência, ou seja, mantendo a mesma captação de 120 litros por segundo durante 21 horas por dia, conforme a outorga para o Sistema Recanto. Com essa economia, que deve girar em torno de R$ 12 mil por mês, o investimento deve ser amortizado em apenas 24 meses.

“O investimento no abastecimento de água é assim: tem que ser feito bem antes da necessidade aparecer. Se o administrador público deixar para a última hora, vai ser tarde demais. Quando não se investe nesta área, é o povo que acaba pagando caro depois”, disse o prefeito Manoel Samartin.

“Temos que estar sempre melhorando todo o sistema de reservação (represas), captação, adução, tratamento e distribuição, mantendo a Coden sempre à frente da demanda e garantindo a qualidade e a abundância da nossa água”, acrescentou o chefe do Executivo, criador do sistema de represas que abastecem a cidade desde os anos 70 e 80.

Já foi publicado o edital da licitação, na modalidade tomada de preços, que prevê “a contratação de empresa especializada para realização de serviços de reforma e ampliação civil, elétrica e hidráulica na Estação de Captação da Represa Recanto 1”, cuja visita técnica acontece no próximo dia 14 e a abertura dos envelopes, no dia 20.

Obras

A reforma vai incluir a construção de um novo canal de entrada para tomada de água superficial, constituído por 2 poços em concreto armado e regulagem de vazão por sistema de tábuas. O canal serve para permitir a captação da água da superfície da represa, que traz menor quantidade de partículas suspensas.

Também está prevista a construção de um novo poço de sucção no leito da represa, para captação simples, a instalação de um novo conjunto motobomba de 300 cavalos de potência, a ampliação da cabine da ECA em 30 metros quadrados, para acomodação do novo conjunto motobomba, a troca de todo o telhado, já bastante antigo, a modernização de todas as instalações elétricas (fios e painéis) e hidráulicas (tubulação) e a instalação de um “soft start”.

O “soft start” é um equipamento que dá a partida lenta nos motores das bombas, evitando picos na demanda por energia da rede e evitando, assim, eventuais multas à Companhia.

Segundo Ricardo Ongaro, a intenção da Companhia, além de permitir uma grande economia de energia, “é resolver todos os problemas de infra-estrutura do local, causados pelo tempo de uso”. “Também precisamos de uma bomba mais moderna, que vai permitir deixarmos o equipamento atual como reserva, coisa que não temos hoje”, completou o diretor presidente da Coden.