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Com ação rápida e coordenada, Prefeitura e Coden minimizam drama de famílias vítimas do vendaval no Jardim São Francisco

23/09/2009 Por pepe

Quem via a situação das ruas do Jardim São Francisco no final desta quarta-feira, já por volta das 19 horas, se declarava surpreso com a drástica mudança com relação ao cenário “de guerra” de poucas horas antes. O bairro de Nova Odessa foi duramente castigado por um vendaval por volta das 10h50, que, em poucos segundos, destelhou total ou parcialmente ao menos 120 imóveis – metade do bairro.

Ao menos 12 residências foram totalmente destelhadas pelos ventos que, segundo órgãos oficiais, teriam atingido 80 quilômetros por hora.

Leia mais sobre a calamidade em: http://www.novaodessa.sp.gov.br/noticiasConteudo.aspx?IDNoticia=6864

Mas, menos de 40 minutos depois, as equipes da Prefeitura e da Coden (Companhia de Desenvolvimento) começaram os trabalhos de limpeza de ruas e casas, levantamento dos danos e cobertura temporária dos telhados com lonas plásticas.

Ao todo, mais de 120 servidores municipais e funcionários da Coden atuaram sem descanso durante toda a tarde, sob a orientação dos membros da Defesa Civil. E eles contaram com o “reforço” da própria população do bairro e de dezenas de voluntários, que demonstraram solidariedade aos vizinhos atingidos.

O prefeito Manoel Samartin, a vice-prefeita Salime Abdo e o coordenador geral da Prefeitura, José Antonio Merenda, acompanharam pessoalmente os trabalhos. As ações de limpeza foram coordenadas por Cal Hansen, assessor de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura. Paredes de duas residências e o telhado de uma terceira tiveram de ser demolidos após avaliação do engenheiro da Prefeitura, Arlindo Donato dos Santos.

Também participaram da coordenação e das ações o secretário de Saúde, Sergio Molina, o diretor técnico da Rede Municipal de Saúde, José Lourenço, o diretor-presidente da Coden, Ricardo Ongaro, o diretor da Guarda Municipal, José Darci Secco, e as equipes do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), Parques e Jardins, Saúde, Promoção Social, Comunicação, Segam (Guarda Municipal) e Trânsito – além da própria equipe da EMEFEI Professora Augustina Adamson Paiva, que serviu almoço à população.

A ação rápida e coordenada do Poder Público Municipal, através da Defesa Civil, que minimizou o drama vivido pelas famílias, foi elogiada pela população e por vereadores que passaram pelo local à tarde – incluindo Gervásio de Brito, Antonio Rezende e Ângelo Roberto Réstio.

Cadastramento

O número exato de residências afetadas só será conhecido nos próximos dias, após o cadastramento dos danos materiais causados pelo vento e pela chuva, que será feito na própria escola do bairro, a EMEFEI Augustina, a partir das 8h30 desta quinta-feira.

A partir do cadastro, o prefeito Manoel Samartin adiantou que a Prefeitura vai adquirir e doar aos moradores o material necessário para a reconstrução dos telhados – principalmente telhas. Até o final desta quarta, apenas uma vítima leve havia sido localizada pela Defesa Civil.

Duas famílias de casas totalmente destelhadas pediram apoio da Prefeitura para levarem seus pertences para casas de parentes. Algumas famílias solicitaram roupas e cobertores encaminhados pela Promoção Social e distribuídos a partir da EMEFEI, mas nenhuma família solicitou abrigamento temporário, o que aconteceria, caso necessário, também na escola.

Doações de roupas, alimentos e materiais de construção podem ser feitas via Setor de Promoção Social, que fica na Prefeitura (Avenida João Pessoa, 777, Centro).

Depoimentos

A moradora Karina Whitehead estava na área de sua casa quando o vendaval passou pela sua rua, a Benedicto Crempe, uma das mais afetadas. Karina foi aparentemente a única que precisou de atendimento hospitalar, pois a telha fez um corte em sua cabeça, e ela precisou levar alguns pontos. Minutos depois de ter voltado do hospital, Karina já ajudava a separar alguns tijolos bons dos quebrados em frente à sua casa.

“Quando vi que começou a ventar forte, não deu tempo de chegar até a porta da cozinha, porque as telhas que caiu já tinham tomado a porta. Foi aí que tive um corte na cabeça. Meu vizinho que em levou no hospital e todos aqui ajudaram uns aos outros. É neste momento que vemos que não estamos sozinhos. O Jardim São Francisco é um bairro com moradores muito unidos”, disse.

Ainda abalada pelos estragos no telhado de sua casa que a ventania tinha feito, a moradora Jocileide de Jesus Ramos de Souza narrou a situação como se tivesse em uma área de guerra.

“Veio rodando tudo e não deu tempo de pensar em nada. Eu estava aqui na frente estendendo roupas e estava até feliz e de repente começou o vendaval. Depois que passou, até que toda a limpeza fosse feita, parecíamos que estávamos em uma área de guerra, coisa que só vemos na TV e nunca imaginei que fosse ver. Apesar de abalada emocionalmente com os estragos que o vendaval fez na minha casa, todo o apoio que a Prefeitura deu aos moradores do bairro nos tranqüilizou”, elogiou Jocileide.

Outro morador, Cláudio Antonio Guadanini, elogiou a prontidão com que a Prefeitura compareceu ao Jardim São Francisco para início dos trabalhos.

“Eu já vi situações parecidas como essa três vezes na minha vida. Mas nunca, nunca mesmo, vi o que aconteceu aqui no Jardim São Francisco, porque depois do vendaval, em um prazo de meia hora, a equipe da Prefeitura já estava aqui para nos ajudar. E é a pura verdade, nunca vi toda uma equipe da Prefeitura, com toda a hierarquia, desde o prefeito Manoel Samartin, até os varredores de rua, trabalhando juntos, ativamente, pelo bem do bairro. Ao longo dos meus 58 anos, nunca vi coisa parecida. Minha casa e dos meus vizinhos foram prejudicadas, mas tivemos e vamos ter a ajuda da Prefeitura para nos reerguermos”, emocionou-se Guadanini.

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