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Comitê PCJ aprova R$ 4,7 milhões para a Coden diminuir perdas de água tratada em Nova Odessa

22/03/2010 Por pepe

Reunida na última sexta-feira, 19 de março, em Salto, a Plenária do Comitê PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) homologou a decisão de seus órgãos técnicos e aprovou a liberação de R$ 4.754.247,00 para obras do Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada da Coden (Companhia de Desenvolvimento) de Nova Odessa. As duas obras, previstas no Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada de Nova Odessa, devem representar a economia de até 2 milhões de litros de água por dia.

O investimento total dos dois contratos, somando-se a contrapartida financeira da Coden, chega aos R$ 5.942.809,00. O próximo passo, segundo a direção da Companhia, é a assinatura dos contratos e a abertura das licitações.

Incluindo as contrapartidas a cada projeto, serão investidos R$ 3.583.146,00 na troca de 14 quilômetros de rede de água de toda a área central de Nova Odessa, e mais R$ 2.359.663 na implantação da setorização, macromedição e telemetria de todo o sistema de abastecimento da cidade, que será dividida em 22 setores.

Segundo o presidente da empresa de economia mista responsável pelos serviços de Saneamento Básico na cidade, engenheiro Ricardo Ongaro (que acompanhou a reunião), os recursos virão a fundo perdido, ou seja, sem necessidade de pagamento.

“O agente financeiro destes contratos, que é a Caixa Econômica Federal por se tratarem de recursos federais, já entrou em contato conosco para providenciarmos a documentação necessária para a assinatura. Se tudo correr bem, até o final do ano, as duas licitações já terão sido realizadas, pois são obras muito importantes para a cidade”, destacou o presidente.

Nova rede para o Centro

Atualmente, a tubulação do Centro ainda é de ferro fundido, com uma média de idade de 40 anos, o que permite o surgimento de incrustações e entupimentos constantes e leva a uma necessidade de manutenção intensa.

A nova rede será instalada pelo método não destrutivo, ou seja, sem a abertura de valas, exatamente para não atrapalhar o trânsito. Serão usados tubos de PEAD (polietileno de alta densidade), o material mais indicado para controle de perdas atualmente porque apresenta baixo índice de vazamentos.

“Ao substituirmos a rede de distribuição de água do Centro, que é de ferro fundido e tem mais de 50 anos de uso, encontrando-se em situação bastante precária e com mais vazamentos que uma peneira, vamos diminuir bastante as perdas na área”, afirmou Ongaro.

Setorização contra vazamentos

Da mesma forma, segundo o diretor presidente da Coden, “a setorização da cidade, que é a divisão da rede em 22 setores, cada um com seu medidor (hidrômetro) e sua telemetria (sensores remotos), vamos saber exatamente quanta água tratada está sendo enviada para cada região”.

“Comparando-se a macromedição do setor com o consumo total dos imóveis da área (obtido através da soma dos hidrômetros individuais), saberemos exatamente qual setor possui um vazamento. Ai, basta levarmos a equipe de geofonamento (caça a vazamentos) exatamente aonde ela é necessária, localizamos os vazamentos e fazer os consertos”, explicou o engenheiro.

A expectativa de Ongaro com as duas obras pagas em parte com recursos da Cobrança do Uso das Águas é diminuir em 10% a 15% as perdas totais da rede, que hoje estão na cada dos 43%. “Isto é bastante, pois representa a economia de 1.500.000 a 2.000.000 de litros de água que seria captada e tratada por dia. Nosso nível diário médio de tratamento deve diminuir de 14 milhões para 12 milhões de litros”, comemorou o presidente da Companhia de Desenvolvimento.

Outras licitações

Ongaro lembrou que a Coden está para publicar o edital da primeira das quatro licitações para obras que serão executadas com recursos aprovados pelo Comitê PCJ em 2009. Trata-se de um convênio de R$ 300 mil para a implantação de um segundo coletor tronco de esgoto paralelo ao Córrego Capuava, na margem esquerda do córrego, no trecho compreendido entre a Avenida Ampélio Gazzetta e o Ribeirão Quilombo.

“Atualmente, existe apenas uma tubulação do tipo, na margem direita. No trecho imediatamente a montante (acima) da Ampelio, a bacia do Córrego Capuava já conta com dois coletores tronco de esgoto, que atualmente se juntam no cruzamento com a avenida. Assim, a obra visa evitar uma sobrecarga no trecho final do coletor conforme aumenta a população dos bairros desta bacia”, justificou Ongaro.

Também será publicado o edital da licitação para a troca do painel elétrico da ECA (Estação de Captação de Água) do Jardim São Jorge, às margens da Represa Lopes 1 e responsável por 50% da água bruta captada diariamente pela Coden e enviada para a ETA (Estação de Tratamento de Água) do Jardim Bela Vista. O investimento na modernização da parte elétrica da ECA São Jorge está previamente orçada em R$ 69 mil.


 

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