O motivo, segundo a Coden, é que o loteador ainda não aderiu ao “Plano de Cotas” da Companhia, exigência da legislação municipal para quaisquer novos loteamentos ou condomínios, através do qual o empreendedor se compromete arcar com os custos da disponibilização de água tratada aos imóveis de cada novo loteamento ou prédio residencial.

O sistema de cotas foi criado em 1978. Cada “cota” corresponde a uma unidade habitacional, seja uma casa (horizontal) ou apartamento (vertical). Cada loteador ou construtora deve pagar uma contrapartida à Municipalidade para cobrir os custos da ampliação dos sistemas de reservação de água bruta, captação, adução e tratamento de água, necessária a cada novo loteamento ou condomínio.

Segundo o diretor presidente da Coden, engenheiro Ricardo Ongaro, “a primeira versão do plano de ampliação do sistema foi elaborada nos anos 70 e compreendia as primeiras 6.000 cotas”. “Cada cota tinha um valor fixado. Este valor vinha sendo corrigido anualmente pela inflação. Em 2002, foi feita a primeira grande revisão do plano, e o aumento dos investimentos foi redividido pela quantidade restante de cotas”, explicou o engenheiro.

Continuando: “Em 2010, o estudo foi novamente refeito de acordo com a nova realidade da ocupação urbana de Nova Odessa, bastante diferente daquela de 2002. A mais recente versão do plano prevê novas obras e melhorias para garantir a ampliação dos volumes de captação e tratamento necessária aos novos empreendimentos. Assim, o valor das aproximadamente 2.800 cotas restante atualmente foi novamente revisado e atualizado”.

Altos do Klavin

A Coden cobra as cotas do loteador no momento em que for solicitada a ligação da rede de água do novo empreendimento. Segundo Ongaro, no entanto, os loteadores do Altos do Klavin ainda não aderiram ao Plano de Cotas, por isso os compradores dos lotes ainda não podem “aprovar as plantas” na Prefeitura – já que a rede de água permanece “seca”.

O valor das cotas é 100% revertido em prol da Coden e aplicado integralmente em investimentos da companhia na ampliação da própria rede de água. O assessor adjunto de Obras e Urbanismo da Prefeitura, engenheiro Arlindo Donato dos Santos, adiantou que já está em tratativas com a diretoria da loteadora, a Cemara, informando e esclarecendo a pendência aos empreendedores. Prefeitura e Coden aguardam a adesão ao Plano.