Home . Notícias

Lixo jogado às margens de represas de abastecimento é fator de risco para Coden

18/08/2005 Por pepe

Durante uma vistoria de rotina nas Represas Recanto 1, 2 e 3 na tarde do último dia 17, o encarregado geral da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), Osvaldo Ferraz, deparou-se com “um monte” de sacos de lixo às margens da Recanto 1, a jusante (na parte mais elevada do terreno). O lixo jogado criminosamente no local poderia causar um grave acidente ecológico caso chovesse antes da limpeza, que foi providenciada imediatamente pela Prefeitura Municipal e terminou nesta quinta-feira, dia 18, ainda de manhã. O lixo foi levado para o Aterro Sanitário.
“Pudemos observar claramente que se tratava de lixo industrial e domiciliar”, comentou o encarregado. Segundo ele, o crime ecológico tem ocorrido freqüentemente, geralmente nas proximidades das represas que armazenam a água bruta que, depois de captada e tratada pela Coden, serve para abastecer toda a população de Nova Odessa. Os vários montes de sacos de lixo jogados às margens da estrada que liga a região do Sítio do Camargo à região da Mathiensen, em Americana, já dentro do terreno que pertence ao Poder Público. “Esse lixo, portanto, pode ter vindo tanto de Nova Odessa quanto de Americana”, ressaltou o diretor-presidente da Coden, Sergio Molina.
A limpeza do terreno ficou por conta do Setor de Obras da Prefeitura. Na quinta-feira de manhã os representantes da Coden e o assessor de Obras, José Carlos Aparecido Hansen, vistoriaram o local e orientaram os serviços de limpeza. Segundo Hansen, o principal risco era o de contaminação. “Eram uns 150 quilos de lixo, mas um grave risco ambiental. Vamos ficar atentos para descobrir quem está fazendo isso”, disse o assessor, destacando que parte das sacolas de lixo são de um supermercado de Americana que não tem filial em Nova Odessa.
Um boletim de ocorrência será providenciado, para que a Polícia Civil investigue os autores do crime, que poderia causar sérios problemas para o serviço de tratamento de água, levando inclusive, segundo Molina, a um corte no tratamento, caso o lixo fosse levado por uma eventual chuva para o leito das represas. A Vigilância Sanitária e o Serviço de Guarda Municipal serão acionados para acompanhar o caso.
Hansen orientou inclusive a equipe de limpeza a coletar amostras do lixo, como discos de corte de máquina policorte, além de uma grande quantidade de rebolos de esmeril. “Também vimos restos de alimentos, laranjas podres, sacolas plásticas, ossos de frango em grande quantidade, como se fosse restos de uma cozinha de restaurante, e outras coisas”, comentou Osvaldo Ferraz. Parte dos sacos de lixo estavam amarrados e queimados. “Ali é uma área de preservação permanente, uma APP, exatamente para proteger os mananciais. Quem fez isso deveria ser punido pelo risco que causou à população de Nova Odessa”, finalizou Molina.

Veja também

Geofonamento: Coden inicia

Leia na integra

Acontecimento histórico: Nova Odessa obtém Licença Ambiental Prévia da ETE do Quilombo

Leia na integra