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Mais um crime ambiental registrado

04/04/2013 Por pepe

No final da tarde desta quarta-feira (3), o sitiante João Bruhn observou o descarte de oito tambores, em área localizada pouco acima do seu sítio, no final da Avenida Brasil, próximo à entrada da Represa II do Recanto. Quatro deles com areia misturada com alguma outra substância e os outros quatro lacrados com líquido dentro. Na manhã desta quinta-feira a Vigilância Ambiental e a Coden (Companhia de Desenvolvimento) foram acionadas. Estiveram no local, o gerente químico José Hilário Pessoa, responsável pela ETA (Estação de Tratamento de Água) da Coden; Osmar Azol, diretor da Vigilância em Saúde e o responsável pela Vigilância Ambiental, Leôncio Neves Ferreira.
 
Hilário recolheu amostra da areia para análise. A Vigilância ficou de retirar todo o material no período da tarde e levar a Garagem, para depois ver qual o destino dar ao mesmo. Os tambores com líquidos também serão abertos para analisar o material.
 
O proprietário do sítio João Bruhn estava inconformado. “Esta situação é antiga, fiz várias reclamações na Administração do ex-prefeito. Precisa fechar a boca de lobo que tem aqui e cercar este ponto (cerca de 10 metros), pois sempre fazem descartes neste local. Quando vem a chuva leva todo o material para meu sítio e para a represa. Também já cobrei a fixação de uma placa de proibido jogar entulho. Estes tambores estão à vista e os demais que eles jogam pelo meio da mata e a gente não vê?”, questionou. “Esse descarte foi durante o dia, passei após o almoço e não tinha nada, quando retornei por volta das 18 horas os tambores estavam ai. É um absurdo”, acrescentou.
 
Em fevereiro a Coden e Vigilância foram acionadas, pois teve outro descarte de tambores com óleo misturado com limalha de ferro, próximo a represa de captação Recanto I.
Este tipo de material pode ter dois fins, ou incinerar (se for permitido) ou encaminhar para algum aterro classe 1, que recebe este tipo de material, porém tem um custo bastante elevado. “É inacreditável este tipo de atitude. A gente continua orientando as pessoas, antes de descartarem procurem a Vigilância para que possamos orientar sobre a destinação correta”, comentou Osmar Azol.
 
José Hilário completou afirmando que está faltando conscientização por parte da população. “É um crime ambiental inafiançável, depositar resíduos químicos acima de área de manancial. Temos que envolver a Guarda, a Vigilância, a Coden, escolas, enfim, vários seguimentos e trabalhar mais efetivamente a educação ambiental pra evitar práticas como esta”, frisou o gerente químico.

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