Realizado manualmente por 34 voluntários, das 7 às 12 horas, foram coletados durante o mutirão um total de 5 metros cúbicos de lixo e entulho. Dentre os materiais, que encheram uma carreta da Coden (Companhia de Desenvolvimento) de Nova Odessa, os mais freqüentes foram restos de isopor e garrafas plásticas.

Durante a fiscalização que antecedeu a ação, também foram apreendidos, pela Polícia Ambiental, 30 metros de redes de pesca, de munícipes que pescavam na Recanto 2. Os responsáveis foram alertados e liberados.

Para a limpeza, foram utilizadas peneiras, fisgas – cabos de madeiras com ganchos nas pontas, para facilitar a coleta – e sacolas, para depositar materiais e lixo recolhidos nas margens e matas ciliares. Na água, houve o reforço do novo barco tipo chata adquirido pela Coden, que tornou possível também a coleta de materiais dispersados na Represa.

Um dos proprietários do Sítio Cachoeira, que fica ao lado da represa, marcou presença na limpeza. Benedito Camargo destacou que a ação educativa “é importante para amenizar a utilização das represas como opção de lazer”.

O veraneio nas margens dos reservatórios de água do Município é terminantemente proíbo, e os veranistas podem ser enquadrados até mesmo em crime ambiental, visto tratarem-se de APPs (Áreas de Preservação Permanente).

“Vemos, frequentemente, pessoas fazendo churrascos e deixando tudo uma bagunça. Esta ação é muito importante para a mobilização dos próprios interessados, que é a população”, disse.
A iniciativa da Prefeitura e dos voluntários, incluindo Coden e Polícia Militar Ambiental, foi elogiada também por quem participou. Waldomir Zuca, um dos poucos munícipes voluntários, alertou a população em geral, “que deveria estar presente e contribuir para a ação”.

“Se não cuidarmos da Natureza, vamos ficar sem nada. É extremamente importante a participação da população. Além de prazeroso, é algo do interesse de cada um, pois essa é a água que bebemos. Com certeza, das próximas vezes, estarei presente e farei o possível para mobilizar mais pessoas”, declarou.

A Coordenadoria do Meio Ambiente prevê um estudo do aproveitamento da primeira edição do evento, e adiantou que uma segunda edição será marcada em breve, para atender a outra das represas municipais.

Participação dos servidores

Visando preservar os recursos hídricos do Município, enfatizando o combate à disposição inadequada do lixo e entulho e a ação criminosa contra as mudas do reflorestamento ciliar, a ação contou com a participação significativa de servidores municipais.

“Com esta ação, confirmamos a preocupação da Prefeitura com o Meio Ambiente. Mesmo sendo totalmente voluntário, o Mutirão contou a participação de muito servidores, que acordaram cedo e se dispuseram a limpar a represa. A limpeza é de interesse de todos mas, infelizmente não tivemos uma participação efetiva dos munícipes em geral”, comentou Daniela Fávaro, coordenadora de Meio Ambiente.

Também participaram voluntariamente o presidente Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) e coordenador da Vigilância Sanitária, Jorge Fagundes; o coordenador da Vigilância Ambiental, Leonardo Leôncio; a coordenadora do Projeto ReNova Quilombo, Márcia Donato; o engenheiro da Prefeitura, Arlindo Donato dos Santos; o diretor do SEGAM (Serviço de Guarda Municipal), José Darci Secco, e equipe; o engenheiro da Casa da Agricultura, José De Sordi Neto; servidores da Coden; estagiários da Engenharia Ambiental; a equipe da Coopersonhos (Cooperativa de Reciclagem); os soldado Marcos Roberto Pereira e soldado Luis Cláudio Saudino, da Polícia Ambiental; o vereador Antonio Rezende; o coordenador de Desenvolvimento, Dimas Starnini; e o proprietário da Cartô Seguros, José Benedito Camargo.

A iniciativa foi da Prefeitura de Nova Odessa, através da coordenadoria do Meio Ambiente, com apoio da Polícia Militar Ambiental, Vigilância Epidemiológica, Segam, Condema, Coordenadoria de Desenvolvimento e Coden, com patrocínio da Cartô Corretora de Seguros e da Marítima Seguros.

A Represa Recanto 2, localizada entre o Bairro Industrial Recanto e Parque dos Pinheiros, sofre com a utilização para o veraneio ilegal de banhistas. Quem invade a área das represas para nadar e fazer churrasco – o que é terminantemente proibido – está sujeito a responder por diversos crimes, como invasão de propriedade privada, dano e crime ambiental – já que as margens dos reservatórios foram reflorestadas e são APPs (Áreas de Preservação Permanente).