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Nova Odessa vai transformar lodo em adubo

13/06/2017 Por pepe

 Grande parte do lodo resultado do esgoto coletado e tratado em Nova Odessa será reaproveitado com a fabricação de composto orgânico para adubar praças e jardins na cidade, além da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa) futuramente poder comercializar o produto para fins agrícolas. Nesta segunda-feira (12) foi assinado contrato, em Piracicaba, liberando recurso de R$ 2,313 milhões para o Município implantar o barracão que fabricará o material na ETE Quilombo.



Além de economizar dinheiro, Nova Odessa reduzirá a quantidade de lodo enviado para aterro sanitário e será possível, ainda, gerar receita a partir da venda do composto orgânico produzido. A cerimônia de assinatura da liberação do recurso ocorreu no gabinete do prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, presidente dos Comitês PCJ (Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), com presença de dirigentes da Coden e do prefeito novaodessense Benjamim Bill Vieira de Souza.



Nos últimos anos a Coden tem realizado estudos e projetos para viabilizar alternativas da disposição final do lodo proveniente da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo. Desde meados de 2015 é tratado 100% do esgoto doméstico coletado no Município e o lodo gerado atualmente é disposto em aterro de Paulínia, com gastos atuais passando de R$ 50 mil por mês.



Para o Prefeito Bill, trata-se de um investimento de gestão pública moderna, por economizar recursos financeiros e também ambientais. “É mais um projeto pioneiro que Nova Odessa vai implantar na área ambiental e de saneamento”, afirma. O chefe do Executivo cita ainda o Programa de Sustentabilidade Hídrica, que inclui ações ambientais práticas já adotadas, como mapeamento e recuperação de nascentes, para preservar e aumentar a produção de água dentro do município.



“O objetivo é reduzir o custo para destinar o material orgânico do esgoto em aterro sanitário e ainda reaproveitá-lo com finalidade ambiental na cidade”, resume o diretor-presidente da Coden, Ricardo Ongaro. Experimentos têm comprovado a eficácia do lodo, através do plantio de milho em uma área adjacente de 39 m² na ETE Quilombo. O recurso de R$ 1,864 milhão é proveniente da cobrança pelo uso da água nas Bacias PCJ (Cobrança Federal), com a contrapartida de R$ 448,9 mil da Coden.



A Companhia pretende realizar a compostagem do lodo, misturando-o com restos de podas de árvores e calcário. O intuito é aplicar o material em praças e jardins, assim como em replantios e na recuperação de áreas públicas com vegetação rasteira e reflorestamento. “Assim reaproveitamos os restos das podas feitas no próprio município e que hoje são triturados para utilização com esse mesmo fim”, explica a diretora de Meio Ambiente, Parque e Jardins, Fernanda Dagrela.

"Foram bons projetos e os recursos serão muito bem aplicados em benefício da população", afirmou Barjas Negri.



PRODUTO – A aplicação do lodo desidratado em culturas agrícolas é outro fator a ser explorado. Os benefícios incluem melhoria estrutural do solo, ajuste de pH, adição de micronutrientes, aumento da capacidade de retenção de água e progresso na aeração do solo. “É um produto que poderemos explorar comercialmente para a agricultura no futuro próximo”, acrescenta o diretor da Coden, Ricardo Ongaro.



A verba permitirá construir o barracão de 1.250 m² e a composteira. Atualmente a ETE Quilombo produz aproximadamente 5 toneladas de lodo por dia, sendo o material formado em 80% por resíduo líquido e 20% sólido. “Dependendo da análise físico-química poderemos adicionar calcário ou outros produtos para adequar o pH e matar os micronutrientes”, detalha o gerente-químico da Coden, José Hilário Pessoa.



Presidente do Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos), o prefeito de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza, destaca a implantação da benfeitoria. “Tivemos recentemente a Semana do Meio Ambiente e esse anúncio tem tudo a ver com os 3 Rs da sustentabilidade: reduzir, reutilizar e reciclar”, destaca.

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