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Pioneira na RMC, usina de Nova Odessa que transforma esgoto em adubo recebe prefeitos, vereadores e pesquisadores de 12 municípios

07/11/2019 Por pepe

Prefeitos, vereadores, gestores de saneamento, pesquisadores e representantes de empresas de 12 municípios paulistas visitaram, na manhã desta quinta-feira (7), a primeira Usina de Compostagem de Lodo da RMC (Região Metropolitana de Campinas), que opera desde agosto na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo, em Nova Odessa. A atividade fez parte da pauta da 84ª Reunião Ordinária do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que foi realizada na cidade.

A ação foi acompanhada pelo prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza, presidente do Consórcio PCJ, o secretário executivo do consórcio, Francisco Lahoz, o diretor-presidente da Coden, empresa municipal responsável pela gestão dos serviços de água, esgoto e manejos de resíduos no município, Ricardo Ongaro, e monitorada pelo engenheiro agrônomo Jonas Jacob Chiaradia, responsável técnico pelo empreendimento.

Ao abrir a visita técnica, o prefeito Bill apresentou números sobre a coleta e o tratamento de esgoto no município e explicou como surgiu a ideia de construir a usina. “Quando assumimos a Prefeitura, em 2013, apenas 7% do esgoto da cidade era tratado. Trabalhamos, investimos e hoje 100% dos efluentes domésticos coletados recebem tratamento. A ampliação do volume tratado provocou, consequentemente o aumento da quantidade de lodo de esgoto [resíduo gerado durante o processo], elevando nossas despesas com o aterro particular ao qual destinamos. Aí, resolvemos instalar a usina, para que possamos diminuir custos e fazer uma operação 100% sustentável”, disse Bill.

Quando estiver em plena operação, a usina terá capacidade para produzir 160 toneladas de fertilizante orgânico por mês. O adubo fabricado a partir do lodo de esgoto, por meio de compostagem com galhos triturados, poderá ser usado em parques, praças, jardins, áreas de reflorestamento, além de grandes culturas como eucalipto, cana-de-açúcar, milho e soja. Além disso, o aproveitamento do lodo vai proporcionar uma economia de R$ 600 mil anuais.

A unidade, que possui 1.250 m², custou R$ 1,88 milhão, sendo R$ 1,652 mi proveniente da cobrança pelo uso da água e R$ 234,2 mil de contrapartida da Coden. A cobrança pelo uso da água é gerenciada pela Fundação Agência das Bacias PCJ, cuja decisão de distribuição é feita pelos Comitês PCJ. A usina opera em fase de testes com licença da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e aguarda registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o início da produção em escala.

Segundo o diretor-presidente da Coden, a usina já produziu 40 toneladas de adubo em fase de teste. “Enquanto aguardamos a regulamentação da unidade e do fertilizante, estamos avaliando a composição do produto e toda parte estrutural, como máquinas e a questão logística”, explicou Ricardo Ongaro. “No porte de 60 mil habitantes, Nova Odessa será a primeira cidade a ter 100% do esgoto e do lodo tratado”, afirmou o responsável técnico pela operação da usina, Jonas Jacob Chiaradia.

“Após a regulamentação junto ao governo federal, nossa intenção é vender o fertilizante orgânico para prefeitura e produtores e, assim, gerar receita para o município”, comentou o prefeito de Nova Odessa.

Participaram da visita o prefeito de Saltinho; Carlos Lisi; o vice-prefeito de Cosmópolis, Silvio Luiz Baccarin; os vereadores Elvis Garcia, o “Pelé”, de Nova Odessa, Geraldo Luis de Moraes, de Rio Claro, e Waltinho Assis, presidente da Câmara de Monte Mor; o diretor-geral do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana, Carlos Zappia; o presidente do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) de Piracicaba, José Rubens Françoso; o responsável técnico pelo SAEE (Serviço de Água e Esgoto) de Cordeirópolis, Vandir Berg Júnior; o secretário de Meio Ambiente e Mobilidade Urbana de Itupeva, Renato Gonçalves; o secretário-executivo do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos), Fábio Orsi; o pesquisador do IZ (Instituto de Zootecnia), João de Marchi; além de representantes da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), de Campinas, das prefeituras de Bragança Paulista, Ipeúna, Limeira, da secretaria estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente.e das empresas Ajinomoto, ArcelorMittal e Raízen.

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