Como não foram projetadas para receber banhistas, nadar nas represas Recanto 1, 2 e 3, além da Represa Lopes 1, representa risco de morte por afogamento. Por este motivo o acesso às margens dos maciços é restrito às equipes de trabalho da própria Coden. Principalmente na Recanto 2, que foi desassoreada e está bem mais profunda, o alerta foi reforçado.

Os locais são APPs (Áreas de Preservação Ambiental Permanente) e não podem ser usados para atividades como nadar, pescar ou fazer churrascos ou piqueniques. Além de ilegal, a utilização indevida das represas por banhistas pode interferir na própria qualidade da água que é captada nestas represas e fornecida à população, devido ao risco de contaminação.

O diretor-presidente da Coden, Ricardo Ôngaro, explicou que a intenção em instalar as novas placas é ‘preservar vidas humanas’. “Essas áreas das represas são destinadas a reserva de água bruta, que será captada e tratada para o abastecimento da população. Além do risco de contaminar a água, porque é deixado muito lixo nas margens, os banhistas podem sofrer afogamentos, como já ocorreu”, detalha.

Desde o ano passado, após a conclusão do serviço de desassoreamento, algumas represas estão mais profundas, o que aumenta ainda mais o risco da utilização para recreação. Dentre os crimes previstos pela prática do veraneio nas represas está o definido pela Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal 9.605/98), ao nadar nas represas e ao sujar estes locais, e infringir o Código Florestal (Lei Federal 4.771/65), ao invadir as APPs.

Também há o crime de dano ao patrimônio público cometido pelos que cortam as cercas instaladas pela Coden para acessar os mananciais. E quem for flagrado ainda pode ser autuado por invasão de propriedade, uma vez que as áreas adjacentes às represas são particulares. A prisão pode ser feita pela Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental e Guarda Civil Municipal.