O prefeito Manoel Samartin vistoriou pessoalmente as obras nesta quarta-feira e salientou que, juntas, as duas devem representar um acréscimo de 29 milhões de litros na capacidade total de armazenamento de água bruta da cidade.

Apenas da Lopes, vão ser retirados 20.000 metros cúbicos de barro, volume equivalente a 20 milhões de litros de água bruta adicional. A obra, realizada pela Coden, deve durar três meses e consumir investimentos de R$ 138 mil.

“A Lopes foi a primeira represa para captação construída em Nova Odessa, no início dos anos 70, portanto está há quase 40 anos acumulando lodo e areia em seu leito. Acreditamos que sua capacidade atual era de apenas 15% do volume original. Agora, vamos recuperar toda a sua capacidade”, afirmou Samartin enquanto observava o trabalho da draga emprestada ao Município pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e das máquinas e caminhões da Coden.

As vistorias foram acompanhadas pelo diretor-presidente da Coden, Ricardo Ongaro, pelos vereadores Vanderlei Aparecido da Rocha (o Will) e Gervásio de Brito e pelo diretor do Hospital e Maternidade Municipal, doutor José Lourenço.

Realizada em duas etapas, a obra conta com uma “ponte” de terra que dividiu a represa em duas, para não comprometer a captação. Assim, enquanto as máquinas trabalham em metade da represa, a outra metade continua em utilização. A água captada na Lopes 1 segue por uma tubulação até a ETA (Estação de Tratamento de Água) do Jardim Bela Vista, de onde é distribuída para o restante da cidade.

Segundo Ongaro, as obras contam com os devidos licenciamentos ambientais expedidos pelo DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais) e válidos até 2010.

“O barro retirado da Represa Lopes 1 é rico em material orgânico e deve ser utilizado, em parte, como adubo para áreas de reflorestamento da Coden. Outra parte está sendo depositada ao lado da represa, corrigindo um problema que tínhamos de extravasamento da água em momento de chuva forte”, explicou o engenheiro.

Bosque

Realizada pela equipe do Setor de Obras e Serviços Urbanos, sob supervisão da Coordenadoria de Meio Ambiente, a recuperação da represa do Bosque Manoel Jorge deve resultar em mais 9 milhões de litros de água bruta armazenada. Atualmente, a área está sendo limpa, em preparação para a retirada de terra do leito. Quando pronta, a represa terá 6.000 metros quadrados de área e 1,5 metro de profundidade.

“Já há uma tubulação de 4 polegadas ligando esta represa à ETA, bem como uma casa de bomba no local. Com a recuperação e utilização deste reservatório, a Coden vai poder utilizar esta água e, assim, preservar o nível das represas dos sistemas Lopes e Recanto em momento de pico”, explicou o prefeito Samartin.

Segundo Ricardo Ongaro, o córrego que dá origem à represa do Bosque Manoel Jorge tem vazão média de 10 litros por segundo. “É uma nascente muito boa, que já foi utilizada no passado para abastecimento público e pode voltar a ser”, finalizou o diretor presidente da empresa de economia mista.