A Prefeitura investe R$ 310,9 mil na obra, realizada pela Amplitude Engenharia, empresa contratada via licitação. Os recursos vêem da Cobrança Pelo Uso da Água Federal, repassado pelo Comitê-PCJ.

A travessia em si terá, quando finalizada, 70 metros de extensão. Até o momento, 95% do coletor estão prontos, incluindo a tubulação que vem do Jardim Marajoara até o limite da Fazenda do Estado com a Rodovia Astrônomo Jean Nicolini, bem como o trecho entre o Ribeirão Quilombo e a linha férrea.

O coletor de esgoto, que acompanha o Córrego Represa, coleta e afasta os dejetos gerados pelos imóveis dos jardins Marajoara, Primavera, Planalto, Berzin, Europa, Novos Horizontes e Imigrantes, além de toda a área administrativa da sede do IZ (Instituto de Zootecnia).

“Estas travessias são executadas por empresas especializadas na construção de túneis, pelo método não-destrutivo, pois não é possível interromper o tráfego de veículos e trens. A empresa utiliza um ‘tatuzinho’, ou seja, uma máquina hidráulica que perfura o sub-solo e, no final, permite a instalação de uma camisa de aço que protege a tubulação do coletor em si, cujos tubos são de polietileno expandido de alta densidade e sem emendas, executados com solda eletro-estática”, explicou o coordenador municipal de Engenharia, Carlos Augusto dos Santos.

Os “tubos-camisa”, de 600 milímetros de diâmetro, são de aço especificado pela ALL, instalados no solo para manter aberto o furo feito pela máquina. Os tubos de polietileno são de 400 milímetros e vão “dentro” dos de aço. Segundo Santos, todo o projeto foi previamente aprovado e autorizado pela concessionária da ferrovia, a ALL.

“O método não destrutivo é muito utilizado em grandes cidades, em obras de infra-estrutura como redes de água, gás, elétrica e esgoto”, explicou o engenheiro. Com o complemento do coletor, todo o esgoto da bacia do Córrego Represa será lançado no Interceptor de Esgoto do Ribeirão Quilombo (também em obras) e, futuramente, tratado na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do Quilombo (cuja obra deve ser retomada em breve).

Plano

A obra é parte integrante do Plano Diretor de Esgotamento Sanitário de Nova Odessa, que prevê a construção de 7 coletores tronco principais, ao longo dos córregos Lopes, São Francisco, Bassora (já prontos), Represa, Palmital, Harmonia e Recanto (em fase final).

Estes coletores, que receberão o esgoto das redes dos bairros, terão suas “pontas” interligadas pelo Interceptor. Estima-se que 80% deste sistema de tubulação já estejam prontos. O investimento total nesta rede deve ficar em R$ 25 milhões.