As áreas, na região da Fazenda Velha, estão situadas aproximadamente 150 metros acima da cabeceira da Represa Recanto 3, e somam 55 mil metros quadrados. A partir de agora, a Prefeitura passa a negociar com a proprietária, uma usina de cana de açúcar, os valores a serem pagos pela desapropriação amigável das terras.

Como justificativa ao decreto, Samartin cita o “desenvolvimento do Município, com o incremento das indústrias, comércios e da prestação de serviços”, bem como a expansão urbana que este crescimento deve gerar nas próximas décadas, que por usa vez leva à necessidade da ampliação imediata da capacidade de abastecimento de água potável.

Samartin e a Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa) haviam anunciado, no final de abril, os estudos para a ampliação do Sistema de Represas do Córrego Recanto. Com a construção de duas novas represas, as reservas de água bruta da cidade devem ganhar mais 215.000 metros cúbicos – água suficiente para abastecer a cidade inteira por até 20 dias.

Os estudos de viabilidade foram realizados pela Coden, empresa de economia mista responsável pelo serviço de Saneamento Básico na cidade. A obra deve ser executada pela Prefeitura. “A cidade não tem problemas de abastecimento hoje, mas esta é uma água que, no futuro, pode fazer falta no período de estiagem. Como sempre fizemos, temos que planejar agora para não faltar no futuro”, comentou o prefeito.

Reservas

Ao contrário de cidades próximas, Nova Odessa não consome água captada em rios estaduais, como o Capivari ou o Piracicaba, e sim em mananciais próprios, através de represas construídas a partir dos anos 70.

Atualmente, a disponibilidade hídrica do município vem de um sistema de reservação composto por seis represas: Recanto 1, 2 e 3, Lopes 1 e 2 e a Represa Santo Ângelo. Juntas, elas somam aproximadamente 3.450.000 metros cúbicos de água bruta.