Para Samartin, “podemos dizer que a Prefeitura é uma empresa pública de sucesso, porque o próximo prefeito terá um Orçamento muito maior graças ao valor agregado por estas novas empresas”. “O próximo prefeito terá muito mais dinheiro para investir, por exemplo, em obras de urbanismo e paisagismo, porque as obras essenciais que não aparecem, como a ETE Quilombo, já terão sido feitas por nós”, explicou.

O prefeito destacou que a maior parte do Orçamento Municipal ainda vai para o custeio dos serviços públicos, sobrando pouco para novos investimentos.

“Então temos que investir sempre da melhor forma possível, naquilo que é realmente necessário, apesar de todos os complicadores da administração pública em geral. É muito mais difícil tocar uma prefeitura do que uma empresa, mesmo com toda a experiência que temos na administração privada. É preciso toda uma retaguarda de conhecimentos e de experiências para tomar as decisões, mesmo após quatro mandatos como prefeito. Alguém que nunca pilotou nem um teco-teco não pode querer pilotar um Boing”, comparou.

ETE

Segundo o prefeito, a crise econômica de 2008 e 2009 ainda afeta os repasses que a Prefeitura recebe, diminuindo a arrecadação.

“Mas a Prefeitura tinha em andamento obras que não poderiam ser deixadas para depois, então outras coisas tiveram de ser proteladas. Nossa maior obra é pouco conhecida pela população, que é a ETE Quilombo e sua tubulação, que vai consumir mais de R$ 23,3 milhões até o final do ano, quando estiver pronta. É a maior obra pública da história de Nova Odessa, mas fica ‘enterrada’ e distante da cidade, então não é visível”, comentou Samartin.

“Tenho certeza que a população entende que o dinheiro da Prefeitura está sendo investido em algo que é importante, onde vão ser tratados 100% do esgoto doméstico (dos bairros urbanos). A gente tem que estar em ordem com o meio ambiente. Vamos deixar de ser uma cidade que suja o Quilombo e passaremos a ter a consciência tranqüila nesta questão”, disse o chefe do Executivo.

Prioridades versus ‘embelezamento’

Segundo Samartin, o dinheiro aplicado a título de contrapartida nesta obra tida como essencial poderia estar sendo utilizado no “embelezamento” da cidade.

“Mas seria irresponsabilidade perdermos os recursos federais que conquistamos por não termos reservado o dinheiro da contrapartida. É uma obra ‘invisível’, mas que tem uma importância imensa para o meio ambiente e para o futuro da cidade”, acredita.

“O próximo prefeito não terá esse problema, esse passivo para com o meio ambiente. Assumi a Prefeitura em 2005 com essa enorme dívida moral. No dia seguinte da posse, recebi o oficial de Justiça cobrando uma multa de R$ 50 mil por dia porque as Administrações anteriores não tinham cumprido o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta, firmado com o Ministério Público no início da década). Tive que me acertar com o promotor, corremos atrás da verba e estamos usando o pouco que sobra do nosso Orçamento nas contrapartidas a estas obras de Saneamento”, completou o prefeito.

Sesi e Simão

Samartin lembrou ainda de outras obras realizadas nos últimos 6 anos pela Prefeitura, mesmo com as limitações orçamentárias.

“Construímos a Escola do Sesi (Serviço Social da Indústria). A Fiesp só aceitava fazer escola nova nas cidades em que já havia uma escola antiga, então Nova Odessa estava fora do projeto deles. O único jeito de acertarmos isso foi nos comprometermos a fazer a obra e entregar para eles administrarem, e foi o que fizemos, com recursos 100% municipais. Mesmo tendo de investir quase R$ 6 milhões, foi um ótimo negócio para o Município, que agora conta com a qualidade do Sesi atendendo a centenas de alunos, filhos dos trabalhadores das indústrias”, garantiu o prefeito.

Ele citou também a EMEFEI (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Prefeito Simão Welsh, no Jardim Santa Rita 2, a maior da cidade, inaugurada em 2008 e custou R$ 1,7 milhão à Prefeitura.

Creches

Também na área da Educação, a Administração Municipal acaba de dar início às obras de dois novos CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) nos jardins Marajoara e Santa Rita 2, onde vão funcionar Creches Municipais. A demanda crescente por vagas em creche, segundo o prefeito, é efeito natural do crescimento do Setor Produtivo local, fruto da política de desenvolvimento da Prefeitura.

“A construção de novas Creches Municipais é um efeito colateral positivo da vinda dessas novas indústrias e comércios para a cidade. Ao trazermos novas empresas para a cidade, estamos preparando Nova Odessa para um futuro muito melhor”, afirmou o administrador.

“As duas novas Creches Municipais vão custar mais ou menos R$ 3,8 milhões. Desse total, mesmo a parte que voltou para a Prefeitura da restituição da ANEC (Associação Nova Educação e Cultura), saiu dos cofres públicos, então são recursos municipais”, lembrou. Uma terceira creche deve ser construída no Jardim Capuava, com recursos federais.

Outras obras

“A população quer um jardim bonito, uma praça acolhedora. Mas a maioria das pessoas entende que há outras prioridades mais urgentes. O recape dos trechos em que ele era mais necessário, por exemplo, nós já estamos conseguindo fazer aos poucos, com recursos de emendas de deputados e do Governo Federal”, disse.

Ele lembrou também que Prefeitura já acabou com todos os pontos escuros da Iluminação Pública, em boa parte graças aos recursos da CIP (Contribuição de Iluminação Pública), mas também de outras fontes.

“Estamos fazendo o melhor possível. Quero agradecer cada um de vocês que compõem a Administração Municipal. A Prefeitura de Nova Odessa é realmente voltada para os interesses mais urgentes da cidade. Se houver algum problema (de corrupção), como no caso do ex-coordenador de Saúde, a gente elimina na hora e passa a ser um problema do delegado e do promotor. Zelamos muito pela honestidade e pela austeridade, pela boa aplicação dos recursos públicos, que são poucos”, finalizou Manoel Samartin.