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Reágua: Prefeito de Nova e presidente da Coden participam de cerimônia com governador

08/12/2010 Por pepe

O governador Alberto Goldman assinou nesta quinta, 9, a autorização para que a Secretaria de Saneamento e Energia celebre os contratos do Reágua (Programa Estadual de Apoio à Recuperação de Águas) com 27 municípios – inclusive Nova Odessa. O prefeito Manoel Samartin e o diretor presidente da Coden (Companhia de Desenvolvimento), Ricardo Ongaro, participaram da cerimônia, realizada no início da tarde no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. A cidade vai receber R$ 1.955.050,13 para aplicação em ações e obras previstas no Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada.

“Todo serviço de água tem um índice de perdas. Já diminuímos bastante as perdas de água tratada na cidade desde 2005, mas procuramos sempre diminuí-lo ainda mais. Os recursos do Reágua são importantes porque nos permitem investir cada vez mais no nosso sistema de armazenamento, bombeamento, tratamento e distribuição, ou seja, na modernização e otimização das diversas etapas do serviço prestado pela Coden”, afirmou Samartin.

As perdas na distribuição da água tratada já caíram de picos de 56,4% em meados da década para os 43% atuais. A meta é derrubar o índice ainda mais, para 35% no médio prazo e, finalmente, para 20% a 25% no longo prazo, percentual considerado de primeiro mundo. Para isso, o investimento deve ser de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões ao longo dos próximos anos.

“É um valor considerável, se comparado ao poder de investimento da Coden com recursos próprios. Estes recursos externos são sempre importantíssimos para a Companhia e, portanto, para a qualidade de vida da população. Sem eles, não teríamos condições de realizar boa parte das obras previstas na melhoria do sistema de água tratada de Nova Odessa”, afirmou Ongaro.

Investimentos constantes

O prefeito lembrou que seu programa de governo inclui investimentos constantes no sistema de água tratada da cidade, considerado um dos melhores da região por contar com captação em mananciais (córregos e represas) próprios.

“A cidade tem crescido a uma taxa de 2% ao ano, então temos que investir constantemente na Coden, para manter essa qualidade e também porque os equipamentos envelhecem e têm de ser constantemente modernizados. É o caso da tubulação do Centro, que ainda é de ferro, frágil e apresenta mais vazamentos”, exemplificou o prefeito, citando uma das etapas previstas no Plano de Combate às Perdas.

Segundo Ongaro, os recursos devem ser liberados a partir de 2011. Para ser incluída no Reágua, a Coden comprometeu-se a reduzir as perdas para 38% em dois anos, executando obras como a setorização da rede de distribuição e a troca de hidrômetros nos imóveis. O dinheiro será repassado em parcelas proporcionais ao percentual de redução obtido, aferido a cada 6 meses.

O Reágua é um programa da Secretaria de Recursos Hídricos do Governo do Estado que visa investimentos nas áreas de redução de perdas, uso racional da água e outros, através de investimentos de cerca de R$ 164 milhões, dos quais 60% são oriundos do BID, destinados a Saneamento Básico a ser investido no Estado de São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saneamento e Energia celebrou contratos do Reágua com 27 municípios nesta etapa. A cerimônia de autorização foi precedida por um workshop cuja abertura foi feita pela secretária Dilma Pena.

“Esse é o futuro, de você aproveitar o máximo possível de um bem que é um bem escasso. É caro você fazer uma captação. Hoje, por exemplo, nós estamos tratando de estudar captações bastante longe da cidade de São Paulo, da Região Metropolitana, que é um custo muito elevado para você trazer. E se você tem a possibilidade de reaproveitar a própria água, apenas evidentemente com o tratamento necessário, você pode utilizá-la. Evidentemente ela sai muito mais barata e (seu uso) muito mais racional”, disse o governador.

Menos perdas

A Coden já adotou ou está adotando outras medidas previstas no Plano Diretor de Perdas, como o geofonamento (a “caça” aos vazamentos), a modernização da ETA (Estação de Tratamento de Água) e a implantação de macromedidores de vazão com monitoramento à distância (telemetria) na ETA.

Em breve, serão iniciadas a troca de 14 quilômetros de rede de água da área central e a implantação da setorização, macromedição e telemetria de todo o sistema de adutoras de abastecimento da cidade, que será dividido em 22 setores.

Estas obras são ou serão realizadas com recursos próprios e também com dinheiro do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) e da Cobrança Pelo Uso das Águas dos Rios Federais e Estaduais, sempre através de projetos aprovados pelo Comitê PCJ (Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).


 

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